Banco Central: para o IFF, o núcleo da inflação deve seguir moderado, refletindo a tendência de baixa nos preços no Brasil (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de dezembro de 2017 às 14h26.
São Paulo - O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) afirmou em relatório nesta sexta-feira, 15, que a inflação ao consumidor no Brasil deve ficar em 3,9% no fim do próximo ano, acima do patamar atual, mas abaixo do centro da banda usada pelo banco central, de 4,5% (com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos).
O IIF avalia que, com os preços contidos, haverá mais espaço para relaxamento monetário no País.
"Nós agora projetamos que a taxa de juros estará em 6,50% no fim de 2018, abaixo de nossa previsão anterior de 7,0%", afirma a entidade.
Em análise assinada por Brent Harrison e Martín Castellano, o IIF aponta que o núcleo da inflação seguiu a trajetória do dado cheio, indo de 7,3% em janeiro de 2016 a 3,1% em novembro deste ano, em seu patamar mais baixo desde maio de 2007.
Os economistas tomam como base para sua avaliação o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Ao retirar itens pontuais, eles concluem que a queda no núcleo da inflação sugere de fato um movimento de baixa nos preços, o que levou à revisão das projeções.
Com isso, o núcleo da inflação deve seguir moderado, refletindo a tendência de baixa nos preços no Brasil, diz o IIF.