Economia

Início da 44ª Cúpula do G7 é marcado por diferenças entre aliados

As tensões comerciais entre os Estados Unidos e os demais países deve ser abordado durante a cúpula, além da possível retomada da Rússia ao grupo

Trump se reúne pela primeira vez com os países aliados depois de aplicar tarifas do aço (Christinne Muschi/Reuters)

Trump se reúne pela primeira vez com os países aliados depois de aplicar tarifas do aço (Christinne Muschi/Reuters)

E

EFE

Publicado em 8 de junho de 2018 às 14h33.

Última atualização em 8 de junho de 2018 às 14h47.

La Malbaie - A 44ª Cúpula do G7 começou nesta sexta-feira oficialmente na cidade canadense de La Malbaie em meio ao pessimismo sobre seu resultado, dadas as profundas diferenças em comércio e política externa entre EUA e seus aliados.

Na reunião estão presentes os líderes da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido que tratarão, entre outros temas, da crescente crise comercial e da política surgida entre o presidente americano, Donald Trump, e os seus aliados ocidentais.

A reunião começou com uma cerimônia de chegada oficial de presidentes e premiês a Le Manoir Richelieu, o hotel de luxo situado na cidade de La Malbaie, onde entre hoje e amanhã acontecerá a cúpula.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e sua esposa, Sophie Grégoire Trudeau, receberam um por um os líderes dos outros seis países nos jardins do hotel, situado às margens do rio São Lorenzo e a 140 quilômetros de Québec.

Todos os líderes, exceto o presidente americano, Donald Trump, e o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, compareceram à La Malbaie acompanhados de seus cônjuges.

O primeiro artigo na agenda da cúpula é um almoço de trabalho que será seguido pela tradicional foto de família.

Embora a agenda estabelecida pelo Canadá, como anfitrião da reunião, esteja centrada em temas de igualdade de gênero, desenvolvimento econômico mais igualitário e a luta contra a poluição de plásticos no oceano, entre outros temas, o programa foi afetado pela crise entre Trump e os seus aliados.

Trump, que expressou seu descontentamento por ter de viajar para o Canadá, atacou nas últimas horas através do Twitter as políticas comerciais da Europa e do Canadá, que considera "injustas" para os Estados Unidos.

Os seus parceiros ocidentais contra-atacaram. O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que o G7 não rebaixará a declaração final para acomodar a recusa de Trump a tratar os temas da mudança climática e de comércio, e sugeriu que o texto final não deve contar com a assinatura dos Estados Unidos.

E hoje, os representantes da União Europeia (UE), o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, deixaram claro que a Europa não vai ceder perante Trump, por isso que tratam o encontro como "a reunião mais difícil em anos".

Já Trump, pouco antes de chegar ao Canadá, lançou mais palavras contra os parceiros ao solicitar a reincorporação da Rússia ao grupo.

A Rússia foi expulsa do então chamado G8 em 2014 após a anexação russa do território ucraniano da Crimeia.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaCanadáDonald TrumpEstados Unidos (EUA)FrançaItáliaJapãoReino Unido

Mais de Economia

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados