São Paulo - A inflação oficial do governo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 0,51% em novembro, divulgou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A taxa superou a de outubro, de 0,42%, e levou o acumulado em 12 meses para 6,56% - acima do teto da meta. O objetivo do Banco Central é que a inflação fique em 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para baixo (2,5%) ou para cima (6,5%)

O maior responsável pelo aumento foi o grupo "Alimentação e Bebidas", que subiu 0,77% no mês e teve sozinho um impacto de 0,19 ponto percentual na taxa final. Só as carnes subiram 3,46% no mês e 20,56% nos últimos 12 meses.

Em situação parecida estão a cebola (26,49% de alta em 12 meses), a cenoura (26,38%) e o açaí (25%).

Também aceleraram bastante os preços nos setores "Despesas pessoais" (de 0,36% para 0,48%), Educação (de 0,11% para 0,21%) e Comunicação (de -0,05% para 0,08%).

A correção dos preços administrados também teve seu papel. A alta de 1,99% na gasolina, reflexo do aumento de 3% nas refinarias, teve impacto de 0,07 ponto percentual no índice através do setor "Transportes".

O aumento de 1,67% na energia elétrica causou o mesmo impacto, mas pelo grupo "Habitação".

Dos 9 nove grupos, só 2 desaceleraram: "Artigos de Residência" (de 0,19% para -0,04%) e "Vestuário" (de 0,62% para 0,29%).

As maiores altas entre as 9 regiões metropolitanas pesquisadas foram em Goiânia e Fortaleza e as menores foram em Vitória e Brasília.

Grupo	Variação (%) Outubro	Variação (%) Novembro	Impacto (p.p.) Outubro	Impacto (p.p.) Novembro
Índice Geral	0,42%	0,51%	0,42	0,51
Alimentação e Bebidas	0,46%	0,77%	0,11	0,19
Habitação	0,68%	0,69%	0,10	0,10
Artigos de Residência	0,19%	-0,04%	0,01	0,00
Vestuário	0,62%	0,39%	0,04	0,03
Transportes	0,63%	0,43%	0,12	0,08
Saúde e cuidados pessoais	0,39%	0,42%	0,04	0,05
Despesas pessoais	0,36%	0,48%	0,04	0,05
Educação	0,11%	0,21%	0,01	0,01
Comunicação	-0,05%	0,08%	0,00	0,00