Economia

Inflação será pressionada no curto prazo, diz Tombini

O presidente do Banco Central reconhece que as recentes medidas econômicas pressionarão a inflação de curto prazo para cima


	Alexandre Tombini: perspectivas de médio e longo prazos, porém, serão positivamente influenciadas, diz
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Alexandre Tombini: perspectivas de médio e longo prazos, porém, serão positivamente influenciadas, diz (Wilson Dias/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2015 às 14h37.

Istambul - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reconhece que as recentes medidas econômicas pressionarão a inflação de curto prazo para cima.

As perspectivas de médio e longo prazos, porém, serão positivamente influenciadas pela maior confiança nas perspectivas econômicas do País.

Por isso, Tombini repetiu a afirmação de que as previsões do mercado para a inflação entre 2016 e 2019 já começam a apresentar sinais de acomodação.

Durante seminário organizado pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF), Tombini foi o principal convidado de um almoço-palestra. Aos presentes, o brasileiro reconheceu que as medidas econômicas adotadas pelo governo Dilma Rousseff têm impacto negativo nos índices.

"Ações como o realinhamento nos preços administrados geram inflação no curto prazo", disse. "Além disso, também há o impacto do câmbio entre o dólar e o real", completou, ao comentar as razões para a pressão de alta nos preços no curto prazo.

Apesar desse movimento negativo, o presidente do BC repetiu discurso feito em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, de que as perspectivas para a inflação de médio e longo prazo começam a emitir sinais positivos.

Aos presentes no evento do IIF, Tombini disse que as previsões de mercado entre 2016 e 2019 têm apresentado "modesta" queda. Essa acomodação dos preços mais à frente é resultado da confiança gerada com as ações de política fiscal e com a melhora das perspectivas econômicas do País.

Tombini participou de evento do IIF paralelo à reunião de ministros de economia e presidentes de banco central das 20 maiores economias do mundo, o G-20, que acontece em Istambul, na Turquia.

Acompanhe tudo sobre:Alexandre TombiniBanco CentralEconomistasInflaçãoMercado financeiroPersonalidadesPreços

Mais de Economia

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo

Brasil será menos impactado por políticas do Trump, diz Campos Neto

OPINIÃO: Fim da linha