OCDE: os preços da categoria energia sofreram contração de 2,1% na nova estimativa do índice (Jacques Demarthon/AFP)
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2015 às 09h42.
São Paulo - A queda nos preços do petróleo pressionou o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) médio calculado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O indicador revelou alta de 1,5% nos preços dos 34 países-membros nos 12 meses encerrados em novembro, ante resultado anterior de avanço de 1,7%.
Os preços da categoria energia sofreram contração de 2,1% na nova estimativa do índice da OCDE, sinalizando uma aceleração na queda, já que no ano encerrado em outubro de 2014 a redução havia sido de apenas 0,3%.
Em novembro, os preços do petróleo e seus derivados sofreram o impacto da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de manter inalterado o seu teto de produção diária, apesar do excesso de oferta no mercado da commodity.
A inflação dos alimentos nos países-membros da OCDE permaneceu estável, com alta de 2,5% no ano terminado em novembro de 2014. Excluindo-se energia e alimentos, o indicador da OCDE ainda sofreu uma desaceleração, para alta de 1,7%, ante leitura anterior de 1,8% em outubro.
A medição nos países do G-20 também exibiu desaceleração dos preços em alguns países, mas no Brasil o indicador permaneceu estável em 6,6%.
A inflação na China sofreu redução para 1,4%, na Índia o índice foi a alta de 4,1% e na Arábia Saudita houve alta menor nos preços, de 2,5%. Na Rússia, em contrapartida, o índice de inflação subiu para 9,1%, refletindo parcialmente a desvalorização do rublo.
Dentre as principais economias da OCDE, somente a Itália registrou aceleração nos preços em novembro, de 0,2%. Houve desaceleração no Japão, com alta menor, de 2,4%, nos EUA, para +1,3%, na França (+0,3%) e na Alemanha (+0,2%).
No Reino Unido, os preços também perderam força e caíram à menor taxa anual de inflação desde setembro de 2002, para +1,0%. Na zona do euro, a inflação medida pelo CPI desacelerou a 0,3% em novembro e a leitura prévia de dezembro indica deflação de 0,2% na região.