Economia

Inflação na zona do euro fica estável; desemprego atinge recorde

A inflação ficou em 2,7%, comparada a 2,6% em janeiro, mostraram dados da agência de estatísticas da União Europeia

A queda dos preços pode ajudar as famílias europeias, mas a zona do euro caminha para sua segunda recessão em três anos (Philippe Huguen/AFP)

A queda dos preços pode ajudar as famílias europeias, mas a zona do euro caminha para sua segunda recessão em três anos (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2012 às 07h56.

Bruxelas - O desemprego na zona do euro aumentou para uma nova máxima da era da unificação monetária, enquanto a inflação ficou basicamente estável no início de 2012, mostraram dados divulgados nesta quinta-feira, deixando o Banco Central Europeu (BCE) com a missão de equilibrar as demandas de uma desaceleração da economia e uma pressão apenas moderada nos preços.

Uma queda abrupta das temperaturas na Europa e a elevação dos preços do petróleo provavelmente estiveram por trás da ligeira alta nos preços ao consumidor em fevereiro, que levou a inflação da zona do euro para 2,7 por cento, comparada a 2,6 por cento em janeiro, mostraram dados da agência de estatísticas da União Europeia (Eurostat).

A crise econômica da zona do euro ajudou a trazer para baixo os preços de bens, alimentos e combustíveis em relação ao pico de 3 por cento do ano passado, mas os preços do petróleo atingiram máximas recordes em euros neste mês e minaram a tendência de queda da inflação.

Isso sugere que o BCE deve deixar de lado qualquer decisão rápida para levar as taxas de juros para abaixo de 1 por cento pela primeira vez e os economistas veem o banco em "compasso de espera".

O banco quer manter a inflação baixa, mas próxima de 2 por cento no médio prazo. Excluindo os preços voláteis da energia e dos alimentos, a inflação de janeiro foi de 1,9 por cento em uma base anual, disse a Eurostat nesta quinta-feira.

A queda dos preços pode ajudar as famílias europeias, mas a zona do euro caminha para sua segunda recessão em três anos e o desemprego é um dos maiores desafios para os líderes da União Europeia que se reúnem em um encontro de cúpula nesta quinta e sexta-feira.

O número de pessoas desempregadas na zona do euro aumentou para 10,7 por cento em janeiro, acima do número de dezembro, revisado para cima, de 10,6 por cento. A taxa é bem mais alta do que os 8 por cento de quando o euro começou a circular, em 2000, e esconde a divisão norte-sul na situação vivida pela zona do euro.

O desemprego na Espanha subiu para 23,3 por cento em janeiro, o nível mais alto entre os 17 países do bloco monetário, mas ficou em apenas 4 por cento na Áustria.

Ao todo, mais 185 mil pessoas estavam sem trabalho na zona do euro em janeiro na comparação com dezembro, disse a Eurostat.

O desemprego ficou acima dos 10,4 por cento previstos por economistas em uma pesquisa da Reuters.

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