Economia

Inflação na China desacelera para perto da mínima em 5 anos

Números ampliam preocupações de que o crescimento global está esfriando mais rápido do que o esperado a menos que governos adotem medidas mais ousadas


	Economia chinesa: índice de preços ao consumidor subiu 1,6 por cento em setembro ante o ano anterior
 (AFP)

Economia chinesa: índice de preços ao consumidor subiu 1,6 por cento em setembro ante o ano anterior (AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2014 às 08h14.

Pequim - A inflação ao consumidor na China desacelerou mais do que o esperado em setembro, para perto da mínima em cinco anos, ampliando as preocupações de que o crescimento global está esfriando mais rápido do que o esperado a menos que governos adotem medidas mais ousadas para sustentar suas economias.

Embora grande parte da desaceleração deva-se à queda dos preços de alimentos, de combustível e de outras commodities, que estão beneficiando consumidores globalmente, os dados também indicam ampla fraqueza na segunda maior economia do mundo.

O índice de preços ao consumidor subiu 1,6 por cento em setembro ante o ano anterior, informou a Agência Nacional de Estatísticas nesta quarta-feira, contra expectativas do mercado de alta de 1,7 por cento e ante 2 por cento em agosto.

A leitura foi a mais baixa desde janeiro de 2010, e deveu-se também em parte à base de comparação mais alta há um ano, disseram as autoridades.

Na comparação com o mês anterior, o índice avançou 0,5 por cento em setembro, contra alta de 0,4 por cento esperada pelos economistas.

Já o índice de preços ao produtor recuou 1,8 por cento sobre o ano anterior, marcando o 31º declínio consecutivo, pressionado pelos preços mais baixos de petróleo e aço. O mercado esperava recuo de 1,6 por cento, após queda de 1,2 por cento em agosto. Enfrentando crescentes riscos ao crescimento e deflação, a expectativa é de que Pequim continue apresentando medidas de estímulo nos próximos meses, embora a maioria dos economistas acredite que o governo vá evitar ações mais agressivas, como corte da taxa de juros, a menos que as condições piorem muito.

"Autoridades em Pequim deveriam começar a se preocupar que as pressões desinflacionárias globais estejam se espalhando para a China", disse o economista sênior do Crédit Agricole CIB, Dariusz Kowalczyk.

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