Economia

Inflação menor e desemprego recorde indicam ação do BCE

Segundo Eurostat, inflação chegou a 1,2% em abril na comparação anual, o menor nível desde fevereiro de 2010


	Sede do BCE: dados da Eurostat mostram o desemprego na zona do euro no recorde de 12,1 por cento da população ativa em março
 (Hannelore Foerster/Getty Images)

Sede do BCE: dados da Eurostat mostram o desemprego na zona do euro no recorde de 12,1 por cento da população ativa em março (Hannelore Foerster/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 08h58.

Bruxelas - A inflação na zona do euro atingiu a mínima em três anos e o desemprego chegou a um novo recorde, cimentando as expectativas de um corte da taxa de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) nesta semana.

A inflação chegou a 1,2 por cento em abril na comparação anual, ante 1,7 por cento em março, o menor nível desde fevereiro de 2010, informou a agência de estatísticas da UE Eurostat nesta terça-feira, refletindo uma economia em recessão.

Isso deixa a taxa anual de aumento do custo de vida bem abaixo da meta do BCE de perto mas abaixo de 2 por cento, e pressiona o banco central a agir.

Economistas consultados pela Reuters esperavam que a taxa de inflação chegasse a 1,6 por cento.

"É uma decisão difícil, mas esperamos um corte de juros nesta semana", disse a economista sênior do Standard Chartered Bank Sarah Hewin. "Com a inflação mais fraca do que o esperado, o desemprego aumentando de novo e sinais de uma recessão mais longa, isso seria um impulso na confiança."

Os dados da Eurostat mostram o desemprego na zona do euro no recorde de 12,1 por cento da população ativa em março, colocando em dúvida a perspectiva do BCE de que a economia mostrará sinais de recuperação na segunda metade do ano.

De acordo com uma pesquisa da Reuters na semana passada, uma pequena maioria dos economistas espera um corte de 0,25 ponto percentual nos juros na quinta-feira, quando o BCE se reúne em Bratislava, levando a principal taxa de refinanciamento do banco para a mínima recorde de 0,5 por cento.

"A fraqueza parece estar cada vez mais se espalhando para as grandes economias centrais, incluindo França e até Alemanha", disseram os economistas do Barclays Philippe Gudin e Thomas Harjes em nota.

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