EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h44.
A inflação medida pelo IGP-M, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu 1,38% em junho. Nos últimos 12 meses, o índice já acumula uma alta de 9,61%. Segundo relatório da FGV, foram os preços no atacado que pressionaram, mais uma vez, o indicador.
O impacto do IPA (Índice de Preços no Atacado), que subiu 1,73% no mês, sobre o IGP-M já era esperado por analistas. A expectativa do departamento de análise econômica do banco Credit Suisse First Boston (CSFB) era por um aumento do IPA (1,92%) ainda maior, puxado principalmente pelos preços do setor agrícola.
Apesar de alto, se comparado aos meses anteriores, o IGP-M em junho ficou abaixo do que o CSFB esperava.
Em seu boletim diário, o banco estimou um aumento de 1,52%.
A instituição afirma que há dois pontos principais para se a monitorar: "a dinâmica dos IPAs, uma vez que eles têm apresentado variações superiores a 1,3% em média nos primeiros 5 meses do ano e o potencial repasse para os IPCs [entre eles o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que serve de referência para a meta de inflação], que está, até agora abaixo do esperado, como destacado na última ata do Copom".
Além do IPA, o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) é composto por outros dois indicadores: o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que subiu 0,76% em junho, e o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que teve um aumento de 0,56% no mês.
Em maio, o IGP-M fechou o mês em 1,31%. A taxa foi 0,1 ponto percentual maior que a de abril (1,21%) e 0,18 ponto percentual maior que a de março (1,13%).