Economia

Inflação dos EUA sobe 0,1% em novembro e fica abaixo do esperado

O CPI, principal índice inflacionário dos EUA, chegou a 7,1% no acumulado. Valores vieram abaixo das expectativas do mercado e confirmam inflação desacelerando

Inflação nos EUA: CPI ficou praticamente estável em novembro (Chip Somodevilla/Getty Images)

Inflação nos EUA: CPI ficou praticamente estável em novembro (Chip Somodevilla/Getty Images)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 13 de dezembro de 2022 às 10h40.

Última atualização em 13 de dezembro de 2022 às 10h49.

A inflação dos EUA subiu menos do que o esperado em novembro, segundo divulgado pelo governo americano nesta terça-feira, 13. O Consumer Price Index (CPI), principal índice inflacionário do país, subiu 0,1% em novembro.

O acumulado em 12 meses chegou a 7,1%.

O número veio abaixo das expectativas do mercado. O consenso coletado pelo Dow Jones girava em torno de alta de 0,3% no mês e 7,3% no acumulado.

Em setembro e outubro, o CPI havia subido 0,4% e já iniciava alguma desaceleração, após altas mensais que superaram 1% no primeiro semestre.

A inflação americana foi duramente afetada pelas altas nos preços dos combustíveis após o início da guerra na Ucrânia, além do choque de oferta nas cadeias globais desde a pandemia da covid-19.

Inflação desacelerando nos EUA

O resultado pode dar indicativo aos mercados de que a inflação americana, após atingir seus maiores patamares em 40 anos, começa de vez a desacelerar.

O CPI de novembro vem um dia antes de o Fed, banco central americano, anunciar nesta quarta-feira, 14, nova decisão para a taxa de juros, que vem tendo altas recorrentes como tentativa de controlar a inflação.

A taxa de juros americana, que estava praticamente zerada há um ano, está hoje entre 3,75% e 4%. Antes da divulgação do CPI, a projeção era de alta de 0,5 ponto percentual do Fed na quarta-feira.

O mundo tem prestado atenção aos índices de inflação e juros nos EUA em meio ao risco de recessão global. Uma inflação desacelerando nos EUA pode trazer otimismo aos mercados e garantir que o Fed possa concretizar um chamado "pouso suave", com altas menos bruscas dos juros.

 

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