Economia

Inflação em queda na China provoca temor de deflação

A inflação caiu ao menor nível em quase 5 anos, o que provoca o temor de uma deflação em momento de desaceleração


	Moeda da China: índice de preços ao consumidor foi de 1,6%, em ritmo anual
 (AFP)

Moeda da China: índice de preços ao consumidor foi de 1,6%, em ritmo anual (AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2014 às 12h52.

Pequim - A inflação caiu na China em setembro ao menor nível em quase cinco anos, o que provoca o temor de uma deflação em um momento de desaceleração da segunda maior economia mundial.

O índice de preços ao consumidor foi de 1,6%, em ritmo anual, em setembro, anunciou o Escritório Nacional de Estatísticas (BNS).

Desde janeiro de 2010 o país não tinha uma inflação tão baixa.

Em junho e julho, a inflação foi de 2,3%, em ritmo anual, antes de cair a 2% em agosto.

O resultado de setembro continua muito abaixo do limite anual de 3,5% fixado por Pequim e abaixo dp nível inflacionário de 2,6% registrado em 2013.

A queda do índice de inflação é explicada em boa parte pelos preços dos alimentos, que aumentaram apenas 2,3% em ritmo anual em setembro, contra 3% em agosto.

Analistas destacam ainda o impacto da intensa campanha anticorrupção do governo chinês sobre os preços do álcool e do tabaco.

Os preços também pararam de subir nos setores de habitação e transportes.

Alguns analistas temem o risco de uma tensão deflacionária no país, em um momento de clara desaceleração da atividade econômica e de queda na demanda interna.

O crescimento do PIB chinês, de 7,4% no primeiro trimestre do ano - o menor ritmo em 18 meses - levou o governo de Pequim a anunciar há alguns meses uma série de reduções fiscais, assim como medidas de flexibilização monetária, apesar de limitadas.

Mas o minipacote foi insuficiente e, apesar dos bons números do comércio exterior em setembro, vários economistas apontam que o crescimento também será afetado no terceiro trimestre.

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