Economia

Inflação em 12 meses terá pico em agosto, diz Tombini

Presidente do Banco Central acredita que o centro da meta, de 4,5%, não será atingido até 2012

Segundo Tombini, ainda há trabalho para conter a alta da inflação (Gustavo Lima/Agência Câmara)

Segundo Tombini, ainda há trabalho para conter a alta da inflação (Gustavo Lima/Agência Câmara)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2011 às 13h06.

Brasília - A taxa de inflação acumulada em 12 meses deve atingir seu pico em agosto, refletindo melhora no cenário de preços, disse hoje o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em entrevista concedida a jornalistas da imprensa estrangeira. Tombini disse que "ainda temos trabalho à nossa frente", em referência aos esforços para combater a inflação, mas observou que a taxa, na comparação mensal, deve ficar compatível com a meta da margem nos próximos meses.

O presidente do BC acrescentou que, provavelmente, a taxa de inflação não cairá para 4,5% até 2012. O centro da meta do BC para a inflação em 2011 e 2012, estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos para mais ou para menos. O indicador oficial de inflação no Brasil é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

PIB

O Brasil registrou forte crescimento econômico no primeiro trimestre, disse hoje o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. A expansão no período ficou "na ponta alta" e é compatível com a estimativa de crescimento do governo para o quarto trimestre de 2011, afirmou Tombini, em entrevista concedida a jornalistas da imprensa estrangeira.

Os recentes aumentos de juros feitos pelo BC, assim como as medidas para conter a expansão do crédito e desacelerar a economia, provavelmente terão um efeito maior no segundo semestre de 2011, segundo Tombini. "Nós vemos moderação do crescimento em linha com as previsões", afirmou.

O presidente do BC disse ainda que as medidas recentes para controlar o crédito tiveram efeito nos empréstimos. Houve uma "significante contração" nos novos empréstimos recentemente, afirmou. As medidas de crédito moderaram os empréstimos para consumo como era esperado, disse Tombini, que também previu que a expansão do crédito deve ser inferior a 15% no fim de 2011. As informações são da Dow Jones.

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