Economia

Inflação e emprego nos EUA sustentam visão de redução do Fed

Relatórios do governo desta quinta-feira traçaram um cenário ligeiramente otimista do mercado de trabalho e indicaram força dos preços na economia lenta


	Federal Reserve: avanço da inflação na direção da meta do Fed de 2% pode oferecer algum conforto às autoridades do banco central que têm alertado sobre os potenciais perigos de uma inflação muito baixa
 (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS)

Federal Reserve: avanço da inflação na direção da meta do Fed de 2% pode oferecer algum conforto às autoridades do banco central que têm alertado sobre os potenciais perigos de uma inflação muito baixa (ARQUIVO/WIKIMEDIA COMMONS)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2013 às 11h23.

Washington - O número de norte-americanos solicitando novos pedidos de auxílio-desemprego caiu para mínima em quase 6 anos na semana passada e os preços ao consumidor subiram amplamente em julho, o que pode deixar o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, mais perto de reduzir seu programa de compras de títulos.

Os relatórios do governo desta quinta-feira traçaram um cenário ligeiramente otimista do mercado de trabalho e indicaram força dos preços na economia lenta.

"Os dados continuam a melhorar e impressionam o mercado, e eu acho que os dados continuarão nessa direção. Então a questão não é mais se eles irão reduzir (o estímulo) em setembro, mas o quanto", disse o chefe de negociações de Treasuries do Bank of Nova Scotia, Charles Comiskey.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 15 mil na semana passada, para 320 mil segundo dados ajustados sazonalmente, o menor nível desde outubro de 2007, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.

Economistas consultados pela Reuters esperavam que os pedidos de auxílio-desemprego na semana passada ficassem em 335 mil.

Em um segundo relatório, o Departamento do Trabalho informou que seu Índice de Preço ao Consumidor subiu 0,2 por cento uma vez que os custos de bens e serviços aumentaram. O índice havia subido 0,5 por cento em junho.

A alta de julho ficou em linha com as expectativas de economistas.

Nos 12 meses até julho, o índice de preços ao consumidor avançou 2,0 por cento, o maior aumento desde fevereiro, após ter subido 1,8 por cento em junho.

O avanço da inflação na direção da meta do Fed de 2 por cento pode oferecer algum conforto às autoridades do banco central que têm alertado sobre os potenciais perigos de uma inflação muito baixa.


A alta nos preços se encaixa na visão do chairman do Fed, Ben Bernanke, de que a inflação baixa é temporária.

O Fed já disse que planeja ainda neste ano começar a reduzir seu programa de estímulo de 85 bilhões de dólares que compra em títulos por mês com o objetivo de manter os custos de empréstimo baixos.

A maioria dos economistas acredita que o Fed fará um anúncio após sua reunião de política em setembro sobre o futuro do programa de compra de títulos.

Separadamente, o Federal Reserve informou que a produção nas fábricas, minas e serviços públicos do país ficou estável no mês passado após aumento de 0,2 por cento em junho segundo dados revisados. Economistas consultados pela Reuters esperavam aumento de 0,3 por cento em julho.

Somando-se aos dados divulgados nesta quinta-feira, o índice geral de condições empresariais "Empire State" do Fed de Nova York mostrou que o crescimento do setor industrial no Estado de Nova York desacelerou levemente neste mês, mas o ritmo de contratações acelerou e a perspectiva das empresas para o futuro melhorou.

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