Economia

Inflação é a maior para outubro desde 2015 e supera centro da meta anual

Grupos Alimentação e Bebidas e Transportes responderam sozinhos por 71% da taxa mensal; só os combustíveis foram quase um terço do índice

O grupo Alimentação e Bebidas, de longe o com maior peso no índice, acelerou (Pixfly/Thinkstock)

O grupo Alimentação e Bebidas, de longe o com maior peso no índice, acelerou (Pixfly/Thinkstock)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 7 de novembro de 2018 às 09h01.

Última atualização em 7 de novembro de 2018 às 09h58.

São Paulo - A inflação no Brasil foi de 0,45% em outubro, de acordo com dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (07).

A taxa caiu levemente em relação a setembro (0,48%) mas supera a do mesmo mês no ano passado (0,42%). Foi a inflação mais alta para outubro desde 2015.

O acumulado dos últimos 12 meses ficou em 4,56%, acima da meta de inflação para 2018, que é de 4,5% com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo (3%) ou para cima (6%).

O acumulado no ano até agora (3,81%) também ficou acima do que foi registrado no mesmo período do ano passado (2,21%). 

Grupos

O grupo Alimentação e Bebidas, de longe o com maior peso no índice, acelerou de 0,10% em setembro para 0,59% em outubro puxado por altas como a do tomate, de 51,27%.

Já o grupo Transportes desacelerou, de 1,69% em setembro para 0,92% em outubro, mas também ajudou a pressionar a inflação.

Juntos, os dois grupos responderam por 71% da inflação do mês de outubro. Só os combustíveis tiveram, sozinhos, impacto de quase um terço do índice mensal.

Subiram o etanol (4,07%), o óleo diesel (2,45%), a gasolina (2,18%) e o gás veicular (0,06%), ainda que as altas tenham sido menores do que em setembro. O preço das passagens subiu 7,49%, também uma desaceleração em relação ao mês anterior.

No grupo Habitação, houve alta de 0,12% na energia elétrica (em parte por causa de reajustes em São Paulo, Brasília e Goiânia) e de 0,65% no gás encanado (puxado por um reajuste na tarifa de Curitiba).

GrupoVariação setembro, em %Variação outubro, em %
Índice Geral0,480,45
Alimentação e Bebidas0,100,59
Habitação0,370,14
Artigos de Residência0,110,76
Vestuário-0,020,33
Transportes1,690,92
Saúde e cuidados pessoais0,280,27
Despesas pessoais0,380,25
Educação0,240,04
Comunicação-0,070,02

 

GrupoImpacto setembro, em p.p.Impacto outubro, em p.p.
Índice Geral0,480,45
Alimentação e Bebidas0,030,15
Habitação0,060,02
Artigos de Residência0,000,03
Vestuário0,000,02
Transportes0,310,17
Saúde e cuidados pessoais0,030,03
Despesas pessoais0,040,03
Educação0,010,00
Comunicação0,000,00

 

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