Economia

Inflação é ameaça à campanha de Dilma, diz The Economist

Reportagem afirma que a presidente "deixou pouco espaço de manobra econômica para um período de difícil campanha eleitoral para a reeleição"


	Dilma Rousseff: a reportagem destaca, especialmente, o quadro econômico em meio ao aumento da aversão ao risco internacional
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff: a reportagem destaca, especialmente, o quadro econômico em meio ao aumento da aversão ao risco internacional (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 15h31.

Londres - A revista "The Economist" que chega às bancas neste fim de semana publica reportagem em que afirma que a inflação parece como grande ameaça à campanha eleitoral de Dilma Rousseff.

Com o título "Saia-justa de Dilma", a reportagem afirma que ela "deixou pouco espaço de manobra econômica para um período de difícil campanha eleitoral para a reeleição".

A reportagem destaca, especialmente, o quadro econômico em meio ao aumento da aversão ao risco internacional. A análise lembra que o real já perdeu 17% do valor desde o momento em que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) sinalizou o início da retirada dos estímulos.

"Uma moeda mais fraca é o que o Brasil precisa para equilibrar suas contas externas e fazer com que suas fábricas prosperem. Mas isso também gera o risco de aumento da inflação e a constante subida de preços foi um dos fatores (com a baixa qualidade dos serviços públicos) que geraram os protestos populares e abalaram o governo Dilma Rousseff no ano passado", diz a revista.

A "The Economist" nota que, além da depreciação recente do real, há outras dificuldades no radar que pioram ainda mais as perspectivas da inflação.

"E se a mistura dos eventos externos com a criatividade fiscal-doméstica (e até mesmo um possível rebaixamento pelas agências de classificação de risco) gerar um declínio ainda maior do real?", questiona a publicação. Para reagir a esse quadro, diz o texto, a resposta teria de vir com mais aumento de juro, o que sufocaria ainda mais a atividade em pleno ano de eleições, diz a revista.

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