Economia

Inflação em novembro está acima do esperado, segundo Itaú

Na semana passada, o banco considerou o crescimento do PIB desse trimestre decepcionante


	Supermercado: preços de alimentos e bebidas subiram 0,79%, enquanto o Itaú esperava uma alta de 0,62%. 
 (André Valentim/EXAME.com)

Supermercado: preços de alimentos e bebidas subiram 0,79%, enquanto o Itaú esperava uma alta de 0,62%.  (André Valentim/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 11h17.

São Paulo – Depois de achar o PIB do terceiro trimestre decepcionante, o Itaú afirma que a inflação está acima do esperado. “O crescimento da economia brasileira vem desapontando, mas a inflação segue alta”, informa o banco em relatório divulgado hoje e assinado por sua equipe de pesquisas em macroeconomia. 

A inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,60% em novembro, após alta de 0,59% em outubro. Foi a maior variação desde abril de 2011, quando ela havia subido 0,64%. 

A expectativa do Itaú para a inflação em novembro era de 0,50%. “A surpresa foi geral, com a inflação alta atingindo diferentes produtos e serviços”, afirma o relatório. Os preços de alimentos e bebidas, por exemplo, subiram 0,79%, enquanto o Itaú esperava uma alta de 0,62%. Preços de moradias e transportes também surpreenderam, segundo o Itaú. Os preços dos serviços subiram 0,82% (a projeção era de alta de 0,64%). A média das três chegou a 0,58% - a projeção era 0,52%.

Projeções

Ontem o banco divulgou algumas revisões para o cenário da economia brasileira. O banco revisou sua projeção de crescimento para a economia brasileira este ano, de 1,5% para 0,9%, e para 2013, de 4% para 3,2%. O Itaú espera uma Selic de 6,25% ao ano em 2013 e um câmbio de 2,15 reais por dólar até o final do próximo ano. Segundo o Itaú, o cenário segue positivo no resto da América Latina - com desafios  na Argentina.

Acompanhe tudo sobre:BancosEmpresasEmpresas brasileirasIndicadores econômicosInflaçãoItaúPIB

Mais de Economia

Correios acumulam déficit e governo estuda novas fontes de receita

Despesa com Previdência fecha 2024 com R$ 29,9 bilhões acima do estimado no Orçamento

Exclusivo: Bernard Appy, secretário da Reforma Tributária, é o entrevistado da EXAME desta sexta

Governo encerra 2024 com déficit de R$ 43 bilhões nas contas públicas, equivalente a 0,36% do PIB