Economia

Inflação de março pode ser inferior a 0,60%, diz economista

Para Mauro Rochlin, do Ibmec-RJ, Selic deve seguir em 7,25% em abril a menos que a inflação de março tenha alta “muito fora da curva”


	Grupo de alimentos contribuiu com 0,35 ponto percentual no índice total de fevereiro
 (Sean Gallup/Getty Images)

Grupo de alimentos contribuiu com 0,35 ponto percentual no índice total de fevereiro (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2013 às 11h48.

São Paulo - Em fevereiro, a inflação desacelerou para 0,60% mas, no acumulado de 12 meses até fevereiro, o IPCA ficou mais perto do teto da meta (6,50%). No acumulado de 12 meses, a inflação foi de 6,31%, ante 6,15% em janeiro. Mauro Rochlin, professor de Economia do Ibmec-RJ. O professor acredita que o IPCA pode ser inferior a 0,6% em março.

“Não compartilho a ideia de que estamos em uma trajetória de estouro da meta na trajetória de 12 meses”, afirmou Rochlin. “Depende muito de como se comportarem os alimentos”, disse. O grupo de alimentos contribuiu com 0,35 ponto percentual no índice total de fevereiro. 

Rochlin aponta que dois fatores podem ajudar a inflação a ser menor em março: o preço dos alimentos, que pode continuar se desacelerando, e o grupo de educação, já que no próximo mês os reajustes devem exercer menor pressão.

Segundo Rochlin, janeiro e fevereiro são meses em que, tradicionalmente, as questões climáticas jogam contra e pressionam mais a alimentação, enquanto em março a pressão costuma ser menor.

Rochlin projeta que a Selic deve seguir em 7,25% após a próxima reunião do Copom, em abril, a menos que em março a inflação tenha uma alta “muito fora da curva”. “Hoje as reuniões do Copom acabam contaminadas por certo viés politico”, afirmou.

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