Economia

Inflação de julho, de 0,12%, é menor que a projetada pelo Banco Central

A projeção apresentada pela autoridade monetária no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado no fim de junho era de 0,29%

Edifício-Sede do Banco Central em Brasília. (Marcelo Casal/Agência Brasil)

Edifício-Sede do Banco Central em Brasília. (Marcelo Casal/Agência Brasil)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 11 de agosto de 2023 às 09h50.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, que registrou alta de 0,12%, ficou abaixo da projeção do Banco Central (BC), de alta de 0,29%, apresentada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado no fim de junho. Apesar da surpresa positiva, o resultado ficou acima do esperado por alguns economistas.

Em audiência realizada nesta quinta-feira, 10, no Senado, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, voltou a afirmar que a inflação tem caído nos últimos meses, mas a autoridade monetária segue preocupada com a dinâmica de preços de serviços. "Temos uma preocupação específica com a inflação de serviços, que não tem caído tanto quanto as outras inflações", afirmou.

"Surpresas positivas substanciais"

As  afirmações de Campos Neto reforçam as apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter em 0,5 ponto percentual o ritmo de queda da Selic nas próximas reuniões do colegiado. Os membros do Copom julgaram como pouco prováveis cortes de 0,75 ponto percentual, como é debatido por parte do mercado, já que isso exigiria “surpresas positivas substanciais” que elevassem ainda mais a confiança na dinâmica desinflacionária prospectiva.

Apesar do bom resultado da inflação de julho, o dado não pode ser considerado como parte das “surpresas positivas substanciais” para mudar a sinalização do Copom.

Os dados de inflação dos próximos meses e a queda nas expectativas de inflação para 2023, 2024, 2025 e 2026 também são essenciais para uma mudança nos planos dos diretores do BC. 

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