Economia

Inflação de FHC era maior, diz Dilma na convenção do PDT

Para Dilma, o governo é alvo de uma campanha sistemática por parte de alguns setores que contestam a condução dela na economia


	Dilma Rousseff: presidente tocou na questão sobre a manutenção do Bolsa Família
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma Rousseff: presidente tocou na questão sobre a manutenção do Bolsa Família (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2014 às 15h21.

Brasília - Em discurso realizado nesta terça-feira, 10, na convenção nacional do PDT, a presidente Dilma Rousseff (PT) fez comparações com a gestão econômica do PSDB na Presidência da República e defendeu as conquistas de sua gestão na área social.

No encontro, a presidente também classificou como um "oportunismo deslavado" a defesa de integrantes da oposição na ampliação de alguns programas sociais implementados pelo atual governo.

Na convenção que oficializou o apoio do PDT à reeleição de Dilma, a presidente fez comparações com o governo do PSDB ao tratar da questão da inflação, tema que deverá ser alvo de embates com os opositores ao longo da disputa presidencial.

"Se vocês compararem os três primeiros anos do governo Fernando Henrique Cardoso, a inflação chegou a 12,43%. Nos três primeiros anos do governo do presidente Lula, ela baixou para 7,2%. E nos meus três primeiros anos eu garanti que ela ficasse em 7,08%", disse.

Para Dilma, o governo é alvo de uma campanha sistemática por parte de alguns setores que contestam a condução dela na economia.

"Hoje tem uma campanha que diz sistematicamente que a inflação está sem controle no Brasil. Todo mundo sabe que a inflação é cíclica. Em junho, julho, agosto e setembro, ela cai. Aí ela sobe em outubro, novembro, dezembro até fevereiro e depois vai caindo lentamente, daí dá uma subidas e cai outra vez. Isso tem 15 anos que é assim. É o fluxo da inflação", afirmou.

A presidente criticou a oposição na parte do discurso em que fez referência ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ao Programa Mais Médicos.

"Vocês lembram que antes eles diziam que não ia dar certo. Este é o povo do não vai dar certo. E este povo do não vai dar certo, geralmente faz o seguinte: quando a gente lança eles falam: não vai dar certo. Aí nós fazemos o programa. E aí, eles vaiam o programa e continuam dizendo que não vai dar certo, que é um absurdo, que esse programa não vale", afirmou Dilma para, em seguida, acrescentar:

"Agora sabe o que eles fazendo? Eles estão dizendo que este programa não é monopólio de ninguém. Que este programa pode ser usado por nós. Obviamente não deixa de ser um raciocínio. Agora, mostra um oportunismo do mais deslavado nível".

A presidente também tocou na questão sobre a manutenção do Bolsa Família, uma das bandeiras eleitorais do PT que também vem sendo alvo de discussão pelo PSDB que apresentou projeto prevendo a ampliação do programa.

"O Bolsa Família está seguro nas nossas mãos. Transformamos o Bolsa Família no caminho da ascensão social", ressaltou.

A presidente ressaltou que, no campo econômico e social, o PT junto com o PDT formam o único grupo político capaz de fazer o país avançar.

"Só tem um grande movimento político e social que é capaz de combater o desemprego, a recessão, o retrocesso, a volta atrás. Só tem um movimento, que é o nosso lado. O nosso lado sabe fazer isso. Por isso nós somos capazes de avançar e aprofundar a distribuição de renda, de garantir crescimento com estabilidade, ampliar as conquistas e a soberania do país".

Em vários momentos do discurso, Dilma enalteceu a participação da legenda na aliança e lembrou de figuras políticas ligadas ao PDT e ao trabalhismo.

Para a petista, juntos o PT e o PDT "são invencíveis".

"Fico muito feliz em estar aqui pelo mesmo motivo pela segunda vez. No meu caso, desde o início vocês integram a aliança. Tem um fio da história que une o trabalhismo ao meu governo. Quero compartilhar com vocês as conquistas que realizamos nesses 11 anos".

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