Economia

Inflação de baixa renda sobe 0,50% em janeiro, revela FGV

Indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre um e 2,5 salários mínimos

IPC-C1 ficou abaixo da variação da inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos (Nacho Doce/Reuters)

IPC-C1 ficou abaixo da variação da inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos (Nacho Doce/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de fevereiro de 2018 às 08h44.

Rio de Janeiro - O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) subiu 0,50% em janeiro, após a queda de 0,03% registrada em dezembro de 2017, informou nesta quarta-feira, 7, a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre um e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumulou alta de 2,02% em 12 meses.

Em janeiro, o IPC-C1 ficou abaixo da variação da inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos, obtida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que teve alta de 0,69% no mês. No acumulado em 12 meses, a taxa do IPC-BR também foi superior, aos 3,22%.

As famílias de baixa renda gastaram mais com alimentação em janeiro, o que pressionou o IPC-C1 no mês. Cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018: Alimentação (de 0,13% para 1,19%), Transportes (de 0,29% para 1,77%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,32% para 2,24%), Comunicação (de -0,37% para 0,08%) e Despesas Pessoais (de 0,13% para 0,14%).

Os destaques partiram dos itens hortaliças e legumes (de -0,65% para 16,30%), tarifa de ônibus urbano (de -0,59% para 2,53%), cursos formais (de 0,00% para 7,00%), tarifa de telefone residencial (de -1,03% para 0,06%) e cartório (de 0,00% para 1,25%), respectivamente.

Na direção oposta, as taxas tiveram decréscimo nos grupos Habitação (de -0,58% para -0,83%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,22% para 0,18%) e Vestuário (de 0,33% para 0,19%), sob influência de itens como tarifa de eletricidade residencial (de -3,89% para -5,39%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,14% para -0,38%) e roupas (de 0,59% para -0,26%).

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