Economia

Inflação de 12 meses pode atingir 6% em junho de 2013

Fábio Romão, economista da LCA Consultores, calcula que, depois do pico de 6% atingido em junho de 2013, o IPCA em 12 meses perderá o fôlego no segundo semestre


	Fabio Silveira, sócio da RC Consultores, observa que a pressão de preços das commodities já começou a enfraquecer nas cotações do atacado

Fabio Silveira, sócio da RC Consultores, observa que a pressão de preços das commodities já começou a enfraquecer nas cotações do atacado

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2012 às 10h38.

São Paulo - Economistas consideram o cenário inflacionário brasileiro "delicado" e acreditam que os índices ficarão pressionados até meados do ano que vem. Em junho de 2013, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial de inflação, pode acumular alta de 6% em 12 meses, preveem. Até o mês passado, o indicador tinha aumentado 5,28% em 12 meses.

"A inflação vai se acelerar até o primeiro semestre de 2013", prevê a economista da Rosenberg Consultores, Priscila Godoy. Essa também é a avaliação de Fábio Romão, economista da LCA Consultores. Romão calcula que, depois do pico de 6% atingido em junho de 2013, o IPCA em 12 meses perderá o fôlego no segundo semestre e fechará o ano que vem em 5,1%. Isso porque a forte pressão exercida pelos alimentos no primeiro trimestre deste ano, quando a alta chegou a 2,15% no período, vai sair da conta do IPCA acumulado em 12 meses.

"A inflação vai incomodar até meados de 2013, mas é preciso qualificar essa alta", diz o economista. Boa parte dessa elevação, na sua avaliação, é choque de oferta, provocado pela subida nos preços das commodities. "Não se trata de choque de demanda", diz Romão.

Ele argumenta que dificilmente os preços dos produtos agrícolas vão repetir o cenário de restrição de oferta, provocado pela seca nos Estados Unidos e excesso de chuvas no Brasil, como ocorreu este ano.

Fabio Silveira, sócio da RC Consultores, projeta crescimento da inflação medida pelo IPCA nos próximos meses em razão do choque agrícola que ainda não foi totalmente absorvido pelos índices de preços ao consumidor. Porém, observa que essa pressão de preços das commodities já começou a enfraquecer nas cotações do atacado.

"A inflação de setembro foi fruto essencialmente da alta de preço agrícola no atacado ocorrida em julho. A inflação de dezembro será fruto essencialmente da baixa de preço agrícola no atacado que ocorre hoje", diz Silveira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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