Economia

Inflação da União Europeia fica acima da meta em maio

Nesta terça-feira também foram divulgados a taxa de desemprego e a atividade industrial

Inflação da União Europeia fica acima da meta em maio (PLG/Getty Images)

Inflação da União Europeia fica acima da meta em maio (PLG/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 1 de junho de 2021 às 07h53.

Última atualização em 1 de junho de 2021 às 07h54.

A inflação na zona do euro foi acima da meta do Banco Central Europeu em maio, acentuando o desafio de comunicação para autoridades que devem conviver bem com preços mais altos por enquanto mas podem enfrentar a reação de consumidores.

A inflação anual nos 19 países que usam o euro acelerou a 2% em maio de 1,6% em abril, devido aos preços mais elevados dos custos de energia desde o final de 2018 e acima do objetivo do BCE de "abaixo mas perto de 2%".

No entanto, maio não deve representar o pico. A inflação pode ficar mais perto de 2,5% no final do ano conforme a recuperação da pandemia e os aumentos recentes nos preços das commodities somam-se à pressão de preços.

Passar por esse período será um exercício de comunicação para o BCE. O banco já deixou claro que esse não é o tipo de inflação que busca após quase uma década abaixo da meta, portanto a política monetária permanecerá frouxa por anos à frente.

O núcleo da inflação, ou os preços excluindo os custos voláteis de alimentos de energia, acelerou apenas a 0,9% de 0,8%.

Desemprego

A taxa de desemprego da zona do euro caiu de 8,1% em março para 8% em abril, segundo dados com ajustes sazonais divulgados nesta terça-feira pela agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O resultado de abril veio abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam manutenção da taxa em 8,1%. A Eurostat estima que havia 13,030 milhões de desempregados na zona do euro em abril. Em relação a março, o número de pessoas sem emprego na região teve queda de 134 mil.

PMI

A atividade industrial da zona do euro expandiu a um ritmo recorde em maio, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), que sugere que o crescimento teria sido ainda maior sem gargalos de oferta que levaram a um aumento sem precedentes nos custos de insumos.

O PMI final do IHS Markit subiu a 63,1 em maio de 62,9 em abril e preliminar de 62,8, alcançando o maior patamar desde que a pesquisa começou em junho de 1997.

O subíndice de produção caiu a 62,2 ante 63,2 em abril. Leitura acima de 50 indica crescimento.

"O crescimento da produção amplia os sinais de que a economia está se recuperando com força no segundo trimestre", disse Chris Williamson, economista-chefe do IHS Markit.

"No entanto, maio também registrou atrasos recordes de oferta, o que está contendo o crescimento da produção e deixando as empresas incapazes de atender à demanda de forma nunca vista antes pela pandemia."

Os problemas causados pela pandemia de coronavírus ainda exercem forte impacto sobre as cadeias de oferta.

O subíndice de preços de insumos disparou a 87,1 ante 82,2 em abril, leitura mais elevada já registrada. Embora as fábricas tenham repassado esses custos no ritmo mais rápido na história da pesquisa, parte do fardo foi absorvida por elas.

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