Economia

Inflação da feira: por que a cenoura e o tomate estão tão caros?

Disparada de frutas, legumes e verduras este ano têm um vilão em comum: o preço do frete

Inflação: A cenoura é a líder inquestionável, com alta de 150%. Em seguida, vem o repolho (76%), a batata-inglesa e a abobrinha, ambas com 68% (Alexander Spatari/Getty Images)

Inflação: A cenoura é a líder inquestionável, com alta de 150%. Em seguida, vem o repolho (76%), a batata-inglesa e a abobrinha, ambas com 68% (Alexander Spatari/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 11 de maio de 2022 às 16h37.

Primeiro foram as carnes, que dispararam de preço no ano passado. Mas, em 2022, nem os veganos escaparam da alta da inflação.

Frutas, legumes e verduras deram um salto, assustando o consumidor. A cenoura superou os R$ 12 por quilo, o tomate já é vendido a unidade em algumas feiras, deu a louca nos preços.

LEIA TAMBÉM: Batata, leite, táxi, remédios: veja o que mais subiu de preço em abril

No resultado da inflação de abril, divulgado pelo IBGE na manhã desta quarta-feira, dos 20 itens que mais subiram este ano, nada menos do que 18 são legumes, tubérculos, hortaliças e frutas.

A cenoura é a líder inquestionável, com alta de 150%. Em seguida, vem o repolho (76%), a batata-inglesa e a abobrinha, ambas com 68%.

LEIA TAMBÉM: Quando a inflação começará a cair? Veja as projeções

Mas por que, afinal, este ano ficou tudo tão mais caro? O que explica esse aumento?

Todos os anos, por causa das chuvas de verão, os preços dos chamados hortifrutigranjeiros ficam mais caros. O excesso de água prejudica as colheitas e, sazonalmente, encarece esses itens.

Mas, em 2022, a pressão ganhou um “combustível” extra: o forte aumento do diesel. Como o frete tem forte peso na composição desses preços, o reajuste do diesel encareceu, e muito, os produtos na feira.

O óleo diesel teve alta média de 19% este ano, segundo os dados do IBGE. E integra, assim, ao lado de 18 hortigranjeiros, a lista dos 20 produtos que mais encareceram em 2022.

E se as chuvas já deram trégua e a tendência, nos próximos meses, é de um alívio nos preços de frutas e legumes, a pressão do diesel não vai diminuir.

Por isso, dizem analistas, alguns itens podem até ficar mais baratos, mas não devem retomar ao patamar de preços visto no ano passado.

LEIA TAMBÉM: 

Aumento do diesel deve inflacionar outros setores

Governo zera imposto de importação de frango, carne e trigo

Acompanhe tudo sobre:Consumoeconomia-brasileiraInflação

Mais de Economia

Morre Ibrahim Eris, um dos idealizadores do Plano Collor, aos 80 anos

Febraban: para 72% da população, país está melhor ou igual a 2023

Petróleo lidera pauta de exportação do país no 3º trimestre

Brasil impulsiona corporate venturing para atrair investimentos e fortalecer startups