Cigarros: os resultados foram puxados pelo item cigarros (6,59% para 1,69%) (Jonathan Alcorn/Files/Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2014 às 09h34.
Rio - A taxa do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) de fevereiro, de 0,45%, permaneceu abaixo da inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos. O Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Br) mostrou alta de 0,66% no mês passado. Ambos são calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
A taxa de inflação acumulada em 12 meses do IPC-C1 acelerou de 4,70% até janeiro para 5,00% até fevereiro de 2014, mas também segue em patamar inferior em relação ao IPC-BR, que subiu 5,95% em igual período. Apesar disso, grupos como Educação, Leitura e Recreação e Despesas Diversas no IPC-C1 ficaram pressionados acima do índice geral, com taxas de 6,78% e 8,69%, respectivamente.
Em fevereiro, a desaceleração na leitura mensal ocorreu em quatro das oito classes de despesa pesquisadas. Os destaques foram Despesas Diversas (3,80% para 1,14%), Educação, Leitura e Recreação (2,99% para 0,39%) e Habitação (0,56% para 0,47%). Os resultados foram puxados pelos itens cigarros (6,59% para 1,69%), cursos formais (9,29% para 0,00%) e aluguel residencial (0,84% para 0,49%), respectivamente.
Os alimentos também desaceleraram na passagem de janeiro para fevereiro, de 0,80% para 0,47%. Segundo a FGV, os preços das carnes bovinas foram os que mais contribuíram para esse movimento, com alta de 0,57%, após subir 1,75%. Outros alimentos aparecem com grande influência negativa, como batata-inglesa (-4,18% para -7,88%) e frango inteiro (-0,20% para -1,62%).
Apesar disso, uma parcela dos itens da alimentação acelerou (embora alguns ainda se mantenham com taxas negativas), como foi o caso do leite longa vida (-5,77% para -5,22%), feijão carioca (-6,05% para -4,53%) e alface (2,77% para 14,42%).
Os outros quatro grupos que compõem o IPC-C1 apresentaram aceleração: Saúde e Cuidados Pessoais (0,24% para 0,48%), Vestuário (-0,28% para 0,11%), Transportes (0,30% para 0,39%) e Comunicação (0,13% para 0,28%).
Nestas classes de despesa, as principais influências partiram dos itens artigos de higiene e cuidado pessoal (0,16% para 0,79%), roupas (-0,32% para -0,14%), tarifa de táxi (-7,25% para 0,36%) e tarifa de telefone móvel (0,04% para 0,51%), respectivamente.