Inflação: hoje, BC informou que inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 5,8%, este ano (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 12h51.
Brasília - A inflação baixa e estável não é uma panaceia, mas contribui para o crescimento sustentável do país. A avaliação é do diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo.
Para ele, a inflação baixa não resolve todos os males da economia, mas é uma pré-condição ao crescimento econômico sustentável.
Segundo Araújo, a inflação elevada causa baixa confiança na hora de investidores planejarem e aumentarem o prêmio de risco de investimentos. “A economia gera menos emprego, menos renda e menos consumo”, acrescentou.
A inflação alta também provoca concentração de renda, menor crescimento e redução do bem-estar.
Por isso, em momentos como o atual, com inflação em alta, o Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic, deve se manter especialmente vigilante, de acordo com o diretor. A finalidade é reduzir os riscos de que “níveis elevados de inflação como observado nos últimos 12 meses persistam no horizonte relevante para a política monetária”.
Com a alta da inflação no país, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, em abril, e em 0,5 ponto percentual, em maio, julho e agosto. A próxima reunião do Copom este ano será nos dias 8 e 9 de outubro.
Hoje, o BC informou que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 5,8%, este ano. Essa estimativa é do Relatório Trimestral de Inflação. A projeção ficou 0,2 ponto percentual abaixo da previsão divulgada em junho (6%).
Para 2014, a estimativa é que a inflação fique em 5,7%, ante 5,4% previstos anteriormente.
As estimativas para a inflação estão acima do centro da meta que é 4,5% e tem margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Cabe ao BC perseguir a meta de inflação.