Economia

Inflação anula alta do faturamento de atacadistas, diz Abad

O faturamento do setor aumentou 8,37% no acumulado de janeiro a agosto deste ano, mas o resultado real, descontando-se a inflação, indica queda de 0,97%


	Dinheiro: jáá deflacionados, índices apontam para alta de 0,19% em agosto sobre o mesmo mês de 2015
 (Bloomberg)

Dinheiro: jáá deflacionados, índices apontam para alta de 0,19% em agosto sobre o mesmo mês de 2015 (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2016 às 16h38.

O faturamento do setor atacadista aumentou 8,37% no acumulado de janeiro a agosto deste ano, mas o resultado real, descontando-se a inflação, indica queda de 0,97%, diz  balanço divulgado hoje (10) pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad) sobre a pesquisa que é feita em conjunto com a Fundação Instituto de Administração (FIA).

Pelas projeções da Abad/FIA, o setor deve encerrar o ano com faturamento 1% acima do registrado em 2015, tomando por base a desaceleração inflacionária.

Sem levar em conta a inflação, em agosto último, houve elevação de 9,18% sobre o mesmo mês do ano passado e de 2,36% sobre julho último.

Já deflacionados, os índices apontam para alta de 0,19% em agosto sobre o mesmo mês de 2015 e de 1,91% na comparação com o mês anterior.

O cálculo foi feito tendo como referência o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que em setembro acumulou alta de 5,51% desde janeiro e de 8,48%, em 12 meses.

Em nota, o presidente da Abad, José do Egito Frota Lopes Filho, afirma que a proximidade das festas de fim de ano e o arrefecimento da inflação vão contribuir para que o faturamento real do setor volte a ser positivo em 2016, "ainda que seja pequeno”.

Para Frota Lopes, os debates em torno das reformas estruturais devem favorecer a retomada do crescimento econômico.

A Abad representa 4 mil empresas atacadistas que, no ano passado, atingiram faturamento de R$ 218,4 bilhões, com alta de 3,1% em termos nominais sobre 2014. Descontada a inflação do período, houve recuo de 6,8%.

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