Economia

Inflação ainda este ano entra em declínio, diz Copom

BC, que retomou o ciclo de elevações da Selic em outubro de 2014, reajustou a taxa em 0,5 ponto percentual este mês aumentando-a de 11,75% para 12,25%


	Para o Copom, o cenário de convergência da inflação o centro da meta, que é 4,5%, em 2016, “tem se fortalecido”
 (Gregg Newton/Bloomberg)

Para o Copom, o cenário de convergência da inflação o centro da meta, que é 4,5%, em 2016, “tem se fortalecido” (Gregg Newton/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 10h12.

Brasília - A inflação tende a permanecer elevada em 2015, mas, ainda este ano, entra em declínio. A avaliação é do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que divulgou hoje (29) a ata de reunião na semana passada para definição da Selic, taxa básica de juros da economia e principal instrumento de controle da inflação.

O BC, que retomou o ciclo de elevações da Selic em outubro de 2014, reajustou a taxa em 0,5 ponto percentual este mês aumentando-a de 11,75% para 12,25%.

“O comitê não descarta a ocorrência de cenário que contempla elevação da inflação no curto prazo, antecipa que a inflação tende a permanecer elevada em 2015, porém, ainda este ano entra em longo período de declínio”, afirma o documento.

Para o Copom, o cenário de convergência da inflação o centro da meta, que é 4,5%, em 2016, “tem se fortalecido”. No entanto, “sinais benignos vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazo ainda não se mostraram suficientes”.

O Copom ressaltou que o patamar elevado da inflação reflete ajustes dos preços domésticos em relação aos internacionais e dos preços administrados em relação aos livres.

No parágrafo da ata em que detalha os preços administrados, regulados pelo governo, o comitê divulga uma projeção de variação de 9,3% em 2015 ante os 6% considerados na reunião de dezembro do ano passado.

“Entre outros fatores, essa projeção considera hipótese de elevação de 8% no preço da gasolina, em grande parte, reflexo da incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e da PIS/Cofins; de 3% no preço do gás de bujão; de 0,6% nas tarifas de telefonia fixa; e de 27,6% nos preços da energia elétrica, devido ao repasse às tarifas do custo de operações de financiamento, contratadas em 2014, da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)”, diz a ata da reunião.   

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