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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
Brasília - Em apenas um ano, o valor do contrato do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para a realização do pré-teste do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aumentou 559% - saltou de R$ 939,5 mil, em 2009, para R$ 6,191 milhões, que serão pagos em 2010 a um consórcio contratado sem licitação. Embora o número de estudantes que farão o pré-teste tenha dobrado neste ano, o custo por aluno cresceu 229,5%.
O pré-teste serve para verificar quais perguntas são consideradas fáceis ou difíceis por um público com perfil semelhante ao que fará o Enem. Segundo o Inep, o aumento nos gastos se deve à ampliação do serviço: desta vez, o instituto pretende aplicá-lo para 100 mil estudantes em 40 municípios, ante cerca de 50 mil alunos de 10 capitais em 2009.
A Consultec Consultoria em Projetos Educacionais e Concursos foi contratada na ocasião. O edital do pregão eletrônico previa um custo de R$ 1,737 milhão, mas o valor final caiu para R$ 939,5 mil. Para 2010, o pré-teste ficará a cargo de um consórcio formado pela Fundação Cesgranrio e FUB/Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), escolhido sem licitação.
O presidente do Inep, Joaquim Soares Neto, foi diretor do Cespe. Ele assumiu o instituto após uma série de problemas relacionados à edição do Enem 2009 - como o vazamento da prova. Segundo a assessoria do Inep, "o projeto de 2010 é muito mais amplo" e é "impossível comparar contratos cujos requisitos são tão distintos". O instituto alega que, desta vez, o pré-teste ocorrerá em "quatro etapas distintas" (contra uma, no ano passado). Segundo o Inep, o contrato atual reforça requisitos de segurança e sigilo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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