Emprego: geração de postos de trabalho pela indústria paulista teve um saldo positivo de 10 mil vagas em março, revelaram nesta segunda-feira, 16, a Fiesp e a Ciesp (Rodolfo Buhrer/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de abril de 2018 às 14h13.
São Paulo - A geração de postos de trabalho pela indústria paulista teve um saldo positivo de 10 mil vagas em março, revelaram nesta segunda-feira, 16, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).
O resultado supera o registrado em igual mês de 2017 (9.500 vagas), representando uma alta mensal de 0,48% na comparação sem ajuste sazonal.
No primeiro trimestre de 2018, a geração de vagas no setor industrial paulista chegou à marca de 23 mil, melhor nível desde 2013, quando haviam sido criadas 34.500 vagas.
O setor que mais contribuiu para o volume mensal foi o sucroalcooleiro, com 5.183 vagas (52% do total), beneficiado pela época de safra da cana-de-açúcar. Já no acumulado do ano, o segmento contribuiu com 6.657 postos de trabalho.
Pela definição adotada pela Fiesp, os empregos no setor sucroalcooleiro compreendem as atividades de 'fabricação de açúcar bruto', 'fabricação de açúcar refinado' e 'fabricação de álcool'.
Também tiveram destaque os setores industriais de 'Coque, derivados do petróleo e biocombustíveis', com 2.582 vagas líquidas; 'veículos automotores' (1.788) e 'couro e calçados' (777).
Entre os destaques negativos, a 'confecção de artigos do vestuário e acessórios' destruiu 1.300 vagas, enquanto o setor de 'produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos' encerrou 525 postos de trabalho.
No caso de 'Produtos Alimentícios', houve saldo líquido de 4.349, lembrando que o segmento sucroalcooleiro faz parte desta categoria. Na prática, portanto, foram destruídos 834 postos de trabalho no setor, quando excluído o saldo líquido registrado pela indústria da cana-de-açúcar.
Para o segundo vice-presidente da Fiesp e diretor titular de seu Departamento de Economia, Competitividade e Tecnologia, José Ricardo Roriz Coelho, o crescimento da economia indica uma recuperação, mas em ritmo ainda abaixo do desejado.
"Continuamos com a recuperação do emprego. Ela é lenta, com um crescimento não tão forte como gostaríamos, por alguns problemas de rota. Agora, nossa preocupação é que esse crescimento passe a ter ritmo mais acelerado", já que no segundo semestre, diz, a tendência é de redução de vagas.
"Se reformas como a da Previdência tivessem sido feitas, acredito que a situação seria bem melhor", afirma Roriz.
Na análise por regiões, foi verificado saldo positivo em 23 das 36 áreas pesquisadas. Outras cinco se mantiveram estáveis, enquanto houve queda do número de vagas em outras oito regiões.
"Como destaques positivos, Sertãozinho teve 4,75% de crescimento no número de postos de trabalho. Na região de Bauru, o crescimento foi de 1,96% e na de Presidente Prudente, de 1,63%", explica a Fiesp.