Economia

Indústria naval tem projetos de R$ 4 bilhões

Rio de Janeiro - Amazonas, Bahia, Ceará e Alagoas são alguns dos Estados que se beneficiarão do programa de expansão da indústria naval, que já tem investimentos comprometidos de R$ 4 bilhões. O valor corresponde a nove projetos que receberam prioridade para análise pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM) e crescerá após o resultado da […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Rio de Janeiro - Amazonas, Bahia, Ceará e Alagoas são alguns dos Estados que se beneficiarão do programa de expansão da indústria naval, que já tem investimentos comprometidos de R$ 4 bilhões. O valor corresponde a nove projetos que receberam prioridade para análise pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM) e crescerá após o resultado da licitação para 28 sondas de perfuração da Petrobras. A enxurrada de novos projetos preocupa o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que iniciou um estudo para avaliar qual a real necessidade do parque naval brasileiro.

O objetivo é evitar riscos de empréstimos a estaleiros que terão poucos contratos no longo prazo. "Queremos uma indústria sustentável", diz o gerente do departamento de petróleo e gás do BNDES, Luiz Marcelo Martins. "É preciso um maior planejamento para evitar situação como a das décadas de 1970 e 1980, com a construção de muitos estaleiros sem demanda de longo prazo", afirma Martins.

Os R$ 4 bilhões aprovados pelo FMM referem-se a nove projetos, oito deles de construção de novos canteiros e um de modernização. O maior deles será construído pela Odebrecht na foz do rio Paraguaçu, na Bahia, ao custo de R$ 1,631 bilhão. Já o Estaleiro Ilha S.A. (Eisa), do grupo Synergy, prevê a abertura de um canteiro em Alagoas, orçado em R$ 1,222 bilhão. O fundo passou a operar como uma espécie de BNDES para o setor naval, financiando a construção de embarcações e, agora, a abertura de estaleiros a condições especiais.

Os recursos vêm do Adicional de Frete da Marinha Mercante (AFMM), taxa cobrada sobre o frete no transporte marítimo. Diante do crescimento das consultas, o fundo teve de receber um aporte de R$ 15 bilhões do governo em dezembro. O fundo analisa pedidos de financiamento de R$ 14 bilhões, incluindo estaleiros, navios e embarcações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:IndústriaIndústrias em geralInfraestruturaInvestimentos de empresasLogísticaSetor de transporteTransporte e logística

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado reduz para 4,63% expectativa de inflação para 2024

Lula se reúne hoje com Haddad para receber redação final do pacote de corte de gastos

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal