Indústria: resultado sugere que setor manteve tendência de desaceleração no período, dizem economistas (zdravkovic/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 15h17.
São Paulo - Mais um indicador confirma desaceleração da atividade industrial no mundo.
Na passagem de dezembro para janeiro, o indicador de atividade da indústria global (PMI-Global), calculado pelo Departamento de Pesquisas Econômicas do Bradesco (Depec), desacelerou de 51,9 pontos para 51,5 pontos.
O indicador é calculado com base em uma amostra de 24 países mais a área do euro.
Para os economistas do banco, o resultado sugere que o setor manteve tendência de desaceleração no período - lembrando que valores acima de 50 pontos demonstram expansão da indústria em relação ao mês anterior.
"As principais contribuições para o comportamento negativo do indicador em janeiro foram as quedas de 1,6 ponto registradas pelos EUA, Turquia e Índia e o recuo de 1,3 ponto da Rússia, embora os indicadores dos EUA e da Índia permaneçam acima de 50 pontos", afirmam os economistas do Bradesco.
Ainda de acordo com os economistas, o índice dos países desenvolvidos apresentou retração de 0,4 ponto, em grande parte, refletindo o desempenho mais fraco dos EUA.
Por outro lado, afirmam eles, vale destacar o desempenho positivo registrado pelos índices da Área do Euro, da Austrália, da Coreia do Sul e da Noruega, que contribuíram para suavizar os impactos da desaceleração do indicador norte-americano.
Brasil
Já o índice de atividade industrial do grupo de países emergentes apresentou uma queda de 0,2 ponto, em grande parte refletindo o recuo do indicador da Rússia, da Turquia e da Índia.
Por fim, o índice de atividade do Brasil atingiu 50,7 pontos em janeiro, apresentando crescimento de 0,5 ponto em relação a dezembro, sugerindo ligeira expansão da atividade industrial no período.
"De modo geral, o PMI global em janeiro reforça nossa expectativa de crescimento ainda moderado do PIB mundial neste ano, variação que deve chegar a 3,2%, sucedendo expansão de 3,1% em 2014", afirmam os economistas do Bradesco.