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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
São Paulo - A indústria brasileira da carne de frango pediu hoje maior acesso ao mercado do Egito, onde enfrenta barreiras tarifárias e não tarifárias. Durante café da manhã com o ministro da Indústria e do Comércio do Egito, Rachid M. Rachid, o setor fez três solicitações.
A primeira delas é a restrição do país à importação de cortes ou partes de frango in natura. "É uma barreira não tarifária que não tem justificativa", disse o copresidente de administração da BRF Brasil Foods, Luiz Fernando Furlan, em café da manhã com empresários brasileiros e a autoridade egípcia, promovido hoje pelo Conselho Empresarial da América Latina (Ceal).
O período de validade dos produtos industrializados e congelados também é outro assunto a ser resolvido com o Egito. Segundo o executivo, o Egito considera 90 dias como prazo de validade, enquanto que para o Brasil é um ano. "Para o Golfo Pérsico, por exemplo, que também é nosso cliente, o prazo vale nove meses", observou Furlan. Já o terceiro ponto de atenção são as altas taxas de importação ao frango brasileiro. Para Furlan, as perspectivas para resolver esses problemas são positivas.
"Depois da assinatura do acordo livre de comércio Mercosul-Egito, as relações com o país podem mudar. Sobre a questão das tarifas, o ministro Rachid se comprometeu a reduzi-las o mais breve possível", afirmou.
O Brasil exporta anualmente entre US$ 65 milhões e US$ 80 milhões de carne de frango para o Egito, valor equivalente a dois meses de vendas da BRF para a Arábia Saudita. "O mercado potencial consumidor do Egito somente em frango é de US$ 1,5 bilhão por ano e daqui a dez anos o país chegará a ter mais de 100 milhões de habitantes", informou o embaixador do Brasil no Cairo, Cesário Melantonio.
Cade
Com relação à demora na análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a fusão entre Perdigão e Sadia, que criou a BRF Brasil Foods, Furlan apenas disse que está "decepcionado".
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