Economia

Indústria eleva previsão de exportação de carne de frango

Embarques devem crescer entre 3 e 4% pelo fortalecimento das vendas para China e Venezuela


	Frangos para exportação são preparados em uma fábrica da D'Oro em Várzea Paulista
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Frangos para exportação são preparados em uma fábrica da D'Oro em Várzea Paulista (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 16h16.

São Paulo - As exportações de carne de frango do Brasil devem crescer entre 3 e 4 por cento em 2014, ante estimativa anterior de alta de 2 a 2,5 por cento, impulsionadas pelo fortalecimento das vendas para a China e a Venezuela, além da consolidação dos embarques para Hong Kong, disse nesta quarta-feira o vice-presidente para aves da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin.

"Esta demanda é puxada pela Ásia. Os embarques melhoraram, com a habilitação de cinco plantas e outras devem ser habilitadas... Também teve a retomada de volumes para a Venezuela", declarou Santin.

O Brasil é o maior exportador global de carne de frango.

A expectativa da entidade é que mais sete plantas de aves --totalizando 29 plantas--, e uma de suínos sejam habilitadas a exportar para o mercado chinês ainda neste semestre.

Segundo ele, as plantas já foram visitadas, aprovadas e estão na fase final para liberação dos embarques.

Além do cenário favorável nesses mercados, Santin observou que cerca de 30 mil a 35 mil toneladas que deixaram de ser embarcadas em junho, em função de chuvas que interromperam as operações portuárias no Sul do país, também foram embarcadas a partir de julho.

"Não fosse este problema no Sul, o crescimento das exportações no primeiro semestre teria sido de 2 por cento", disse Santin.

A indústria também se prepara para um segundo semestre mais firme no mercado interno, com os alojamentos e preparativos para as festas de fim de ano, que tradicionalmente alavancam as vendas no período.

Custos Estáveis

O cenário positivo é complementado pela perspectiva de uma estabilidade nos custos de produção ao longo deste ano, disse o presidente da ABPA, Francisco Turra.

"O que se percebe é que, como um todo, há uma estabilidade. No ano passado, os preços subiram às nuvens, com o milho subindo 100 por cento. Este ano o que a gente vê é estabilidade. As exportações do milho não tiveram o ritmo que poderiam ter", disse Turra.

"A safra americana é muito boa e a do Brasil também se desenha muito bem. Não vemos problemas neste ano."

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