Economia

Indústria e varejo da China surpreendem em novembro

Após um início de ano agitado, a economia da China tem apresentado desempenho melhor do que o esperado

Produção industrial da China cresceu 6,2 por cento em novembro ante o ano anterior (Nelson Ching/Bloomberg/Bloomberg)

Produção industrial da China cresceu 6,2 por cento em novembro ante o ano anterior (Nelson Ching/Bloomberg/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 08h54.

Pequim - A China registrou em novembro o ritmo mais forte de vendas no varejo do ano, enquanto o aumento da produção de aço impulsionou a atividade industrial, embora o investimento privado tenha começado a desacelerar de novo, deixando a economia mais dependente de gastos públicos e da dívida.

Após um início de ano agitado, a economia da China tem apresentado desempenho melhor do que o esperado e deve atingir a meta de crescimento do governo de 6,5 a 7 por cento diante dos gastos mais altos do governo e do boom da construção.

A produção industrial da China cresceu 6,2 por cento em novembro ante o ano anterior, enquanto as vendas no varejo saltaram 10,8 por cento, ambas superando as expectativas.

Analistas consultados pela Reuters esperavam crescimento de 6,1 por cento da produção industrial, mesma taxa de outubro. Já a expectativa para as vendas no varejo era de alta de 10,1 por cento.

O crescimento dos investimentos em ativo fixo foi de 8,3 por cento no período entre janeiro e novembro, disse a Agência Nacional de Estatísticas nesta terça-feira, mesmo ritmo dos primeiros 10 meses do ano e em linha com as estimativas de analistas.

Entretanto, a diferença entre os gatos estatais e privados destacou os persistentes desequilíbrios na economia.

O investimento de empresas privadas desacelerou em novembro, revertendo uma recente recuperação de mínimas recordes, o que está colocando mais pressão sobre as empresas estatais para reduzir a capacidade ociosa e despertando temores de que o ímpeto econômico deste ano não será sustentável.

O crescimento do investimento privado caiu para 4,93 por cento em novembro na comparação anual, ante 5,9 por cento em outubro, de acordo com cálculos da Reuters, sugerindo que as empresas privadas continuam a enfrentar dificuldades.

De fato, as empresas estatais mantiveram o ritmo forte de gastos, impulsionando os investimentos em 20,2 por cento entre janeiro e novembro, embora o ritmo tenha desacelerado ligeiramente sobre janeiro a outubro.

Os gastos do governo subiram 12,2 por cento em novembro após caírem em outubro, informou nesta terça-feira o Ministério das Finanças.

Os principais líderes do país devem detalhar sua agenda econômica e de reformas para 2017 durante a Conferência Central de Trabalho Econômico ainda neste mês.

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