Economia

Indústria e varejo da China enfraquecem em agosto com avanço da covid

A produção industrial avançou 5,3% em agosto em relação ao ano anterior, depois de alta de 6,4% em julho e marcando o ritmo mais fraco desde julho de 2020

China: segunda maior economia do mundo registrou uma forte retomada depois das perdas do ano passado provocadas pelo coronavírus, mas a força desacelerou nos últimos meses. (Stringer/Getty Images)

China: segunda maior economia do mundo registrou uma forte retomada depois das perdas do ano passado provocadas pelo coronavírus, mas a força desacelerou nos últimos meses. (Stringer/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 15 de setembro de 2021 às 09h14.

Os setores industrial e de varejo da China enfraqueceram em agosto com o avanço da produção e das vendas atingindo mínimas de um ano, uma vez que novos surtos de coronavírus e problemas de oferta ameaçam a recuperação econômica do país.

A produção industrial avançou 5,3% em agosto em relação ao ano anterior, depois de alta de 6,4% em julho e marcando o ritmo mais fraco desde julho de 2020, mostraram nesta quarta-feira dados da Agência Nacional de Estatísticas. A expectativa de analistas era de um avanço de 5,8%.

Os gastos dos consumidores também foram afetados pelo aumento de casos locais de Covid-19 e pelas enchentes, com as vendas avançando apenas 2,5% em agosto sobre o mesmo período do ano anterior, bem abaixo da previsão de alta de 7,0% e o ritmo mais fraco desde agosto do ano passado.

"O crescimento econômico desacelerou em agosto uma vez que o consumo foi prejudicado pelo impacto de surtos de Covid e o investimento permaneceu fraco", disse Louis Kuijs, chefe de economia para a Ásia da Oxford Economics.

"Enquanto isso, um novo surto que começou há alguns dias em Fujian apresenta riscos negativos a nossa previsão de aceleração do crescimento no quarto trimestre, depois de um terceiro trimestre fraco."

A segunda maior economia do mundo registrou uma forte retomada depois das perdas do ano passado provocadas pelo coronavírus, mas a força desacelerou nos últimos meses devido a gargalos na cadeia de oferta, escassez de semicondutores, restrições a indústrias poluidoras e ao investimento imobiliário.

No setor industrial as restrições à produção afetaram a produção de alumínio e aço, enquanto um forte corte nas cotas de exportação de combustível prejudicou a produção de petróleo da China.

Restrições sociais devido à variante Delta da Covid-19 em várias províncias afetaram os setores de hotelaria, alimentação, transporte e entretenimento.

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