Fábrica na alemanha: PMI para o setor industrial caiu para 49,0 em março, ante 50,3 em fevereiro, quando registrou expansão para primeira vez em um ano (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2013 às 09h24.
Berlim - O setor industrial da Alemanha encolheu levemente em março, afetado pela queda nas novas encomendas, mostrou nesta terça-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), o que levanta dúvidas sobre a força de uma recuperação no primeiro trimestre.
O PMI do Markit para o setor industrial da Alemanha, que responde por cerca de um quinto da economia alemã, caiu para 49,0 em março, ante 50,3 em fevereiro, quando registrou expansão para primeira vez em um ano.
Embora o resultado represente pequena melhora frente à leitura inicial de 48,9, o dado final foi o mais fraco em três meses e ficou abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.
A primeira queda em novos trabalhos este ano foi amplamente responsável pelo declínio, apesar de novas encomendas terem caído muito mais lentamente do que durante 2012. As indústrias receberam um pouco menos de contratos do exterior, após forte aumento nesses pedidos em fevereiro.
Participantes da pesquisa afirmaram que a demanda foi fraca dos países do sul europeu, onde muitos Estados estão em recessão e enfrentam duras medidas de austeridade. Mas algumas industrias disseram que o apetite entre clientes asiáticos e norte-americanos continuou sólida, limitando a queda de novas encomendas de exportação.
"Os industriais citaram o aumento da incerteza sobre as perspectivas econômicas, especialmente nos mercados de exportação dentro da zona do euro, com a restrição dos gastos dos clientes", afirmou o economista sênior do Markit Tim Moore.
A produção, que cresceu pelas primeiros dois meses de 2013, estagnou em março, à medida que as indústrias receberam menos encomendas. Os industriais também compraram menos produtos, sinalizando fraqueza na produção futura.
Mas a pesquisa ainda mostrou alguns pontos positivos. Os níveis de emprego no setor cresceram marginalmente pela primeira vez em seis meses devido ao aumento de atraso de trabalho e planos de expansão de longo prazo.
Os preços de insumos caíram pelo quarto mês consecutivo, enquanto os preços de produção subiram pelo segundo mês seguido, reduzindo a pressão sobre as margens operacionais das empresas.