Economia

Indústria brasileira tem expansão mais lenta em 6 meses

Setor registrou em abril a taxa mais lenta em meio à primeira queda nas vendas para exportação desde novembro


	Fábrica da Siemens em São Paulo: PMI do instituto Markit atingiu 50,8, desacelerando ante a leitura de março, mas permanecendo acima da marca que separa crescimento de contração
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Fábrica da Siemens em São Paulo: PMI do instituto Markit atingiu 50,8, desacelerando ante a leitura de março, mas permanecendo acima da marca que separa crescimento de contração (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2013 às 10h30.

São Paulo - A expansão do setor industrial brasileiro registrou em abril a taxa mais lenta em seis meses, em meio à primeira queda nas vendas para exportação desde novembro e provocando diminuição no número de funcionários, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta quinta-feira.

Em abril, o PMI do instituto Markit atingiu 50,8, desacelerando ante a leitura de 51,8 de março e a pior desde outubro passado (50,2), mas permanecendo por pouco acima da marca de 50 que separa crescimento de contração pelo sétimo mês seguido.

A produção cresceu no mês pela oitava vez consecutiva, mostrando desaceleração pelo terceiro mês seguido.

Segundo o Markit, o volume total de novos pedidos registrou a taxa de expansão mais fraca desde outubro do ano passado. Além disso, após quatro meses de expansão, o volume de novos negócios para exportação registrou queda em meio a relatos de uma demanda mais fraca. De acordo com o Markit, cerca de 3 por cento dos entrevistados indicaram níveis mais baixos de pedidos para exportação.

Nesse cenário, o número de funcionários no setor industrial registrou queda pela primeira vez em quatro meses, com o índice relativo a esse quesito ficando abaixo da marca de 50.

"Os entrevistados que indicaram perdas de empregos mencionaram a não reposição de funcionários que se demitiram", explicou o Markit em nota.


Insumos

As compras de insumos pelos fabricantes aumentou de forma modesta em abril, e os estoques desses produtos caíram pelo 23º mês seguido, com quase 5 por cento das empresas relatando reservas mais baixas de matérias-primas e produtos semiacabados.

O Markit destacou que, embora tenha havido forte aumento nos preços de insumos como aço, plásticos e combustíveis, a concorrência impediu que as empresas repassassem aos clientes a carga total dos custos, o que levou ao aumento apenas moderado dos preços de fábrica.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga na sexta-feira os dados de março da produção industrial brasileira. Em fevereiro, a produção do setor teve o pior resultado mensal em pouco mais de quatro anos.

Pesquisa Reuters mostrou que, pela mediana dos analistas consultados, a produção deve ter crescido 1,3 por cento em março sobre o mês anterior, mas deve ter mostrado retração de 2,1 por cento sobre um ano antes.

Dados recentes também vêm destacando a fragilidade da indústria. Em abril, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas recuou pelo segundo mês seguido, com destaque para uma insatisfação em relação ao presente.

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