Economia

Indonésia restringe importação de carne em meio à faltas

Restrições são parte de um grande plano do país para se tornar autossuficiente


	Homem segura pedaço de carne no mercado Bumi Serpong Damai: resultado das restrições até agora foi apenas menores ofertas e preços em alta
 (Beawiharta/Reuters)

Homem segura pedaço de carne no mercado Bumi Serpong Damai: resultado das restrições até agora foi apenas menores ofertas e preços em alta (Beawiharta/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 11h18.

Jacarta - Os vendedores de bakso (almôndegas na língua indonésia), normalmente vendedores de rua com carrinhos de mão, estão se esforçando para pagar pela carne e na quinta-feira atiraram almôndegas no prédio do Ministério do Comércio em protesto contra os preços dobrados, devido às fortes restrições à importação do produto.

Essas restrições são parte de um grande plano do quarto país mais populoso do mundo para se tornar autossuficiente em carne, mas o resultado até agora foi apenas menores ofertas e preços em alta.

"Não há carne no mercado. Talvez teremos almôndegas amanhã", disse Gerang, no distrito de Menteng.

As duas barracas de bakso na área já desapareceram, após o governo do presidente Susilo Bambang Yudhoyono reduzir as cotas de importação de gado em 2012 em mais de um terço e a de carne bovina em quase dois terços.

As cotas no próximo ano serão ainda mais rebaixadas em 30 por cento para gado e 6 por cento para carne bovina, ainda que o consumo esteja aumentando 13 por cento.

Os estoques da commodity do país também estão encolhendo, com autoridades dizendo que Jacarta esgotou sua cota anual de importação de carne.

Alguns vendedores de bakso têm compensado pela carne bovina com carne suína, o que é considerado um ultraje no país muçulmano mais populoso do mundo, além de outros itens repugnantes.

"Eu parei de comer almôndegas há duas semanas, depois de encontrar um pequeno rabo na minha sopa. Eu vomitei logo depois. Eu pensei que era só uma lenda urbana, mas aconteceu comigo", disse Rudi Afriansyah, consumidor de barraca em Jacarta.

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