Economia

Índice do custo de vida sobe 0,44% em julho em SP

Indicador acumula alta de 7,14% nos últimos 12 meses; saúde foi principal responsável pelo aumento

O preço dos combustíveis também influenciaram a alta do custo de vida (AFP)

O preço dos combustíveis também influenciaram a alta do custo de vida (AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2011 às 13h18.

São Paulo - A taxa de inflação na capital paulista apresentou aceleração entre junho e julho, segundo levantamento divulgado hoje pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No mês passado, o Índice do Custo de Vida (ICV) medido pela instituição registrou variação positiva de 0,44%, o que representou um avanço expressivo de 0,78 ponto porcentual ante a deflação de 0,34% verificada em junho. Nos primeiros sete meses de 2011, o ICV acumulou elevação de 3,58%. Nos últimos 12 meses encerrados em julho, a taxa acumulada atingiu o nível de 7,14%.

De acordo com o Dieese, os grupos que mais trouxeram impacto para a inflação em julho foram Saúde (2,02%), Transporte (0,54%) e Habitação (0,26%). Juntos, eles contribuíram com 0,43 ponto porcentual no cálculo do ICV. "Os demais grupos apresentaram variações pequenas, não alterando significativamente o cálculo da taxa deste mês", destacaram os técnicos da instituição.

O grupo Saúde mostrou variações distintas entre seus subgrupos: assistência médica (alta de 2,53%) e medicamentos e produtos farmacêuticos (0,01%). Segundo o Dieese, esta alta deve-se a alguns reajustes ocorridos nos seguintes itens: diária hospitalar (9,31%), consultas médicas (2,64%) e seguros e convênios (2,45%).

No grupo Transporte, a contribuição decisiva foi observada no subgrupo transporte individual (0,79%), uma vez que transporte coletivo não variou. Entre os itens, mereceram destaque as altas nos preços do etanol (5,95%) e do diesel (1,31%). A gasolina, por sua vez, mostrou recuo de 0,29%.

Quanto ao grupo Habitação, o Dieese destacou o comportamento dos subgrupos locação, impostos e condomínio (0,07%), operação (0,09%) e conservação do domicílio (1,20%). neste último subgrupo, houve influência do reajuste na mão de obra da construção civil, captada pelo icv com uma variação positiva de 1,57%.

Entre os demais grupos pesquisados pelo Dieese em julho, ficaram no terreno de altas os conjuntos de preço de Recreação (1,19%), Despesas Diversas (0,52%), Despesas Pessoais (0,21%) e Educação e Leitura (0,18%). No campo das quedas, ficaram os grupos Equipamentos (-0,44%), Vestuário (-0,27%) e Alimentação (-0,02%), que contou com influência da baixa de 0,43% do subgrupo produtos in natura e semielaborados e das altas moderadas dos subgrupos produtos da indústria alimentícia (0,26%) e alimentação fora do domicílio (0,36%).

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