Economia

Índice de Confiança de Serviços cai pela 7ª vez consecutiva

Índice atingiu 107,3 pontos, o menor nível desde abril de 2009, quando atingiu 103,4 pontos


	 ICS: índice atingiu 107,3 pontos, o menor nível desde abril de 2009
 (Reza Estakhrian/Getty Images)

ICS: índice atingiu 107,3 pontos, o menor nível desde abril de 2009 (Reza Estakhrian/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 13h23.

Rio de Janeiro - O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 0,6% de junho a julho deste ano, na série com ajuste sazonal, registrando a sétima queda consecutiva. O índice atingiu 107,3 pontos, o menor nível desde abril de 2009, quando atingiu 103,4 pontos.

Divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), os dados de julho mostram tendências distintas dos subíndices: a percepção que mede o momento atual apresenta piora e as perspectivas para os meses seguintes sinalizam melhora. O Índice da Situação Atual (ISA-S) caiu 7,2%, na maior perda mensal desde fevereiro de 2009. Já o Índice de Expectativas (IE-S) avançou 4,3%, contribuindo para atenuar a queda do ICS.

Para Sílvio Sales, consultor do Ibre, “a recuperação das expectativas abre espaço para uma estabilização ou mesmo algum aumento do ritmo de atividade nos próximos meses, o que não deve alterar expressivamente o cenário de baixo crescimento até o final do ano”.

A redução do índice que mede a situação atual atingiu os 12 segmentos pesquisados em julho. O quesito que mais pressionou o indicador agregado foi o Volume de Demanda Atual, ao recuar 8,6%. Houve queda da proporção de empresas que avaliam o volume atual como forte, de 13,3%, em junho, para 12,7%, em julho; e a parcela de empresas que consideram a demanda atual fraca, saltou de 27,6% para 34,4%.

A melhora do índice que mede a expectativa do setor atingiu nove de 12 segmentos, influenciada principalmente pelo quesito que mede as expectativas em relação à demanda nos três meses seguintes, variando 5,9% ante o mês anterior.

O levantamento indica ainda que a proporção de empresas projetando aumento da demanda passou de 33,7%, em junho, para 37,4%, em julho e a parcela de empresas que sinalizam diminuição passou de 13,1% para 9,7%.

O indicador de Tendência dos Negócios nos seis meses seguintes apresentou melhora mais discreta, ao variar 2,8%. A proporção de empresas esperando melhora da situação dos negócios para os próximos seis meses aumentou de 35,7%, em junho, para 37,4%, em julho; a das que esperam uma piora caiu de 11,2% para 9,4% no mesmo período.

O Ibre ressalta que o resultado de julho combina evoluções desfavoráveis nas percepções sobre o momento atual e favoráveis das expectativas, padrão que confirma o efeito negativo da paralisação parcial das atividades durante a Copa, e a decorrente melhora nas previsões para o futuro próximo. “Nesse contexto, é razoável supor uma suavização da tendência declinante do ICS ao longo dos próximos meses”, avalia o Ibre.

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