Economia

Indicadores mostram recuperação contínua do Japão

A taxa de desemprego caiu para 3,8% em julho


	O primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe: a melhora dos indicadores justificaria as políticas econômicas de Abe
 (REUTERS/Timothy Sim)

O primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe: a melhora dos indicadores justificaria as políticas econômicas de Abe (REUTERS/Timothy Sim)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 06h36.

Tóquio - O ministro de Finanças do Japão, Taro Aso, afirmou nesta sexta-feira que os indicadores econômicos japoneses estão representando uma tendência encorajadora para a decisão sobre o aumento de impostos sobre as vendas. Ele alertou que os acontecimentos na Síria poderiam impactar diretamente a economia japonesa.

"Os indicadores recentes mostram que a economia está em expansão", explicou Aso em uma conferência de imprensa, apontando o declínio na taxa de desemprego para 3,8% em julho. " Estes números vão influenciar nos debates sobre o aumento de imposto sobre vendas", acrescentou.

Em setembro, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe deverá tomar uma decisão sobre a possibilidade de aumentar a taxa de imposto sobre vendas de 5% para 8% a partir de abril de 2014.

O ministro japonês afirmou que a melhora dos indicadores justifica as políticas econômicas de Abe, centralizadas na flexibilização agressiva da política monetária e nos gastos fiscais . Aso reiterou a importância de manter a confiança dos investidores nas finanças públicas do Japão.

"Muitas pessoas argumentam que o aumento do imposto sobre vendas prejudicaria a recuperação e a luta contra a deflação. Mas se o imposto sobre vendas não é gerado, o compromisso do Japão para a reforma fiscal iria entrar em questão e poderia provocar uma onda de quedas da bolsa e um forte recuo dos preços de títulos do governo" , disse Aso.

"Poucas pessoas falam sobre o risco de ter que fazer com que o Banco do Japão (BOJ) compre títulos do governo que estão com o preço em baixa", afirmou o ministro japonês. "Será difícil manter as condições econômicas atuais sem um compromisso claro de reforma fiscal", completou.

Em relação aos possíveis efeitos caso ocorra uma intervenção dos Estados Unidos na Síria, Aso acredita que "as mudanças nos preços do petróleo serão o impacto mais direto da questão síria sobre a economia japonesa. Mas eu suspeito que a economia poderia ser afetada de muitas outras maneiras ", concluiu Aso, referindo-se a uma desaceleração no comércio de bens e importações de combustíveis fósseis do Oriente Médio. Fonte: Dow Jones Newswires.

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