Economia

Indicador prevê recuperação lenta do mercado de trabalho, diz FGV

Em fevereiro, o IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, caiu 1,8 ponto

Emprego: recuperação será lenta, aponta indicador (Reinaldo Canato/VEJA)

Emprego: recuperação será lenta, aponta indicador (Reinaldo Canato/VEJA)

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Reuters

Publicado em 12 de março de 2019 às 09h05.

São Paulo - O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou em fevereiro, sinalizando que a recuperação do mercado de trabalho continuará lenta, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em fevereiro, o IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, caiu 1,8 ponto e foi a 99,3 pontos, depois de ter avançado um total de 10,3 pontos nos três meses anteriores.

"A queda do IAEmp em fevereiro não parece significar uma reversão da tendência de alta. A calibragem nas expectativas de contratação sugere apenas que a recuperação do mercado de trabalho continuará ocorrendo de forma lenta e gradual", explicou o economista da FGV/Ibre Rodolpho Tobler em nota.

Já o Indicador Coincidente de Emprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, teve queda de 2,4 pontos em fevereiro, a 92,1 pontos.

O comportamento do ICD é semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado.

"Embora o indicador ainda se encontre em patamar elevado, a queda do ICD em fevereiro sinaliza uma evolução favorável da taxa de desemprego neste início de ano", completou Tobler. "Uma recuperação sólida do ICD só deve ocorrer depois de sinais mais robustos de melhora do nível de atividade e redução dos níveis de incerteza."

No trimestre até janeiro, a taxa de desemprego do Brasil subiu a 12,0 por cento, contra 11,6 por cento nos três meses até dezembro, em um movimento sazonal de dispensa após o fim do ano, segundo dados do IBGE.

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