Economia

Índia pode superar crescimento da China já no ano que vem

Segundo o banco Goldman Sachs, a Índia pode ultrapassar a China e se tornar a grande economia emergente que cresce mais rápido já entre 2016 e 2018

Mulher caminha em frente a mapa da Índia e a desenho do guerreiro histórico Chatrapati Shivaji (AFP/Getty Images)

Mulher caminha em frente a mapa da Índia e a desenho do guerreiro histórico Chatrapati Shivaji (AFP/Getty Images)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 6 de janeiro de 2015 às 10h17.

São Paulo - 2014 foi o ano em que o otimismo voltou para a Índia com a eleição de Narendra Modi, e 2015 será o ano em que ele deverá mostrar que seus projetos de reforma são para valer.

Se tudo der certo, o país pode ultrapassar a China e se tornar a grande economia emergente que cresce mais rápido no mundo já no ciclo entre 2016 e 2018, de acordo com um relatório recente do Goldman Sachs

A taxa de expansão do PIB indiano, por volta de 5,3% em 2014, subiria para 6,3% em 2015, 6,8% em 2016, 7% em 2017 e 7,1% em 2018. A da China, atualmente em torno de 7,4%, cairia gradualmente para abaixo dos 7%.

O otimismo com a eleição de Modi já teve seu papel, fazendo com que a Índia tivesse o melhor mercado de ações da Ásia no ano passado. Agora, a expectativa é que iniciativas para remover burocracias e melhorar a infraestrutura e o ambiente de negócios reduzam custos, aumentem a produtividade e atraiam investimentos.

Outros fatores também estão ajudando. A queda dos preços das commodities alivia a inflação alta e persistente, dando margem para que o Banco Central corte os juros. A Índia também é uma importadora de petróleo, que está cada vez mais barato - o que libera recursos para serem usados em outras áreas.

Urbanização acelerada, melhora nos balanços das empresas e uma maior penetração tecnológica também devem contribuir para mais crescimento, assim como as exportações impulsionadas pela aceleração da economia global.

"A economia indiana está começando um novo ciclo de crescimento, conduzido pela redução de desequilíbrios macro - especialmente menores déficits fiscais e em conta corrente e inflação em queda, condições globais benignas (preços de commodities mais baixos) e reformas estruturais pelo novo governo para impulsionar investimentos", resume o Goldman Sachs na nota assinada por Tushar Poddar e Vishal Vaibhaw. 

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