Economia

Índia é condenada por subsídio às exportações de açúcar

Pela decisão, a Índia irá, a partir de 31 de março de 2014, subsidiar com 53,52 dólares (cerca de R$ 150) a tonelada de açúcar bruto produzido para exportação

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 17h10.

São Paulo - A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) demonstrou preocupação com o anúncio feito pela Índia, segundo maior produtor de açúcar do mundo, de aumentar os subsídios para a exportação do produto.

Pela decisão, anunciada no último dia 12, a Índia irá, a partir de 31 de março de 2014, subsidiar com 53,52 dólares (cerca de R$ 150) a tonelada de açúcar bruto produzido para exportação.

“Além de contrariar compromissos daquele país perante a Organização Mundial do Comércio (OMC), é a forma mais prejudicial de apoio à indústria. Ao subsidiar as exportações do açúcar, os indianos poderão distorcer ainda mais os preços da commodity no mercado internacional, altamente sensível, devido aos elevados volumes de estoques”.

De acordo com a entidade, o preço internacional do açúcar caiu mais de 50% nos últimos dois anos.

Em 2013, o açúcar foi o quinto item na pauta brasileira de exportações, gerando US$ 12 bilhões em divisas para o país. Na atual safra (de abril de 2013 a março de 2014), a produção de açúcar chegou a 34,2 milhões de toneladas, 0,57% superior ao resultado do mesmo período na safra anterior.

“Esta política [de subsídio] tem por objetivo viabilizar a exportação de excedentes de açúcar da Índia, o que não aconteceria sem o subsídio anunciado. Estas exportações, em um mercado com o maior nível de estoques mundiais dos últimos anos, podem reduzir ainda mais os preços, prejudicando não somente a indústria dos países produtores e exportadores, como também os produtores rurais, que tem sua remuneração vinculada à da indústria”, diz o texto da Unica.

A entidade acrescenta que, em razão dos subsídios indianos, os produtores de países como Tailândia, Austrália, Colômbia, Guatemala e o Brasil serão forçados a reduzir sua produção para ajustar a oferta internacional nas próximas safras, ou, arcar com os prejuízos em função dos preços baixos.

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