Economia

Índia aumenta tarifas sobre importação de 29 tipos de produtos dos EUA

Medida de Nova Délhi entra em vigor neste domingo, apenas dias antes de uma visita do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, à capital indiana

Índia: país vai impor tarifas mais altas sobre alguns bens importados dos EUA (Arquivo/AFP)

Índia: país vai impor tarifas mais altas sobre alguns bens importados dos EUA (Arquivo/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de junho de 2019 às 13h50.

Nova Délhi - A Índia vai impor tarifas mais altas sobre alguns bens importados dos Estados Unidos, de acordo com autoridades indianas, em uma aparente resposta à decisão americana, anunciada no início de junho, de remover benefícios comerciais especiais de que o país asiático desfrutava.

A medida de Nova Délhi entra em vigor neste domingo, apenas dias antes de uma visita do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, à capital indiana com o objetivo de turbinar os laços entre os dois países.

Os EUA e a Índia, embora tenham ampliado dramaticamente suas relações ao longo da última década, passaram por uma escalada nas tensões comerciais recentemente após o governo de Donald Trump aplicar tarifas sobre produtos de aço e alumínio um ano atrás. O governo indiano respondeu ao aprovar um aumento de 120% das tarifas sobre a importação de 29 produtos americanos.

Autoridades indianas postergaram a entrada em vigor dessas tarifas por um ano na esperança de que os EUA reconsiderassem as cobranças adicionais sobre aço e alumínio da Índia.

No início do mês, Washington removeu alguns benefícios de que a ainda gozava sob um status comercial especial com os EUA. Essa decisão adicionou tarifas de até 7% sobre bens exportados da Índia como químicos e autopeças. Em 2018, os produtos afetados responderam por mais de 11%, ou US$ 6,3 bilhões, do total de bens exportados pela Índia sob aquele status especial, de acordo com o Serviço de Pesquisa do Congresso dos EUA.

Isso levou Nova Délhi a ir adiante com as tarifas que aprovou no ano passado, afetando cerca de US$ 220 milhões em comércio de produtos como nozes e maçãs, dizem as autoridades. "Não é retaliatório. Esperamos por um ano e, agora, simplesmente vamos adiante", disse uma dessas autoridades.

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