Economia

Independência escocesa seria 'erro econômico', diz banco

Economista-chefe do Deutsche Bank diz que há risco de 'recessões, maiores impostos, menor gasto público e maiores taxas de juros' em eventual país independente


	Para economista-chefe do Deutsche Bank, é "incompreensível" que os escoceses contemplem a ideia de ser independente do resto do Reino Unido
 (Simon Dawson/Bloomberg)

Para economista-chefe do Deutsche Bank, é "incompreensível" que os escoceses contemplem a ideia de ser independente do resto do Reino Unido (Simon Dawson/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2014 às 09h07.

Londres - O economista-chefe do Deutsche Bank, David Folkerts-Landau, sustentou neste sábado que a Escócia cometerá um 'erro econômico' se optar pela independência do Reino Unido após o referendo da próxima quinta-feira.

'A vitória do 'sim' no referendo entraria na história como um erro político e econômico tão enorme como a decisão de Winston Churchill em 1925 ou a incapacidade do Federal Reserve de dar liquidez ao sistema bancário americano, o que levou à Grande Depressão', afirmou Folkerts-Landau, segundo a rede púlica britânica 'BBC'.

O responsável econômico do banco alemão afirmou que é "incompreensível" que os escoceses contemplem a ideia de ser independente do resto do Reino Unido.

Folkerts-Landau alertou para o risco de "recessões, maiores impostos, menor gasto público e maiores taxas de juros" que uma eventual Escócia independente poderia sofrer.

'Há ocasiões nas quais algumas decisões políticas fundamentais têm consequências negativas além do que os eleitores e os políticos poderiam ter imaginado. Acho que estamos em um desses momentos', afirmou o economista-chefe da entidade.

O responsável da estratégia global do Deutsche Bank, Bilal Hafeez, disse por sua vez que seria 'muito difícil' a economia escocesa prosperar após a independência.

"O problema básico é que se a Escócia rompesse com a União, mas continuasse utilizando a libra, perderia o controle da divisa. Teria que aceitar as políticas monetárias que chegassem do resto do Reino Unido, não teria controle sobre o dinheiro no país", afirmou Hafeez.

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