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Da Redação
Publicado em 2 de novembro de 2012 às 18h54.
Cidade do México - Os ministros das Finanças e diretores de bancos centrais do G20 se reunirão no domingo e segunda-feira, no México, para coordenar medidas que revitalizem o crescimento mundial e fazer um balanço da crise na Europa, horas antes das cruciais eleições presidenciais nos Estados Unidos.
O vice-ministro da Fazenda mexicano, Gerardo Rodríguez Regordosa, afirmou que as autoridades das Finanças do grupo de países desenvolvidos e emergentes pretendem reduzir as "incertezas" a respeito da economia mundial.
"O que precisamos, e esperamos conseguir nesta reunião, é enfatizar como é necessário reduzir as incertezas, resolvendo os temas para que o ambiente possa ser mais propício para o crescimento", afirmou Regordosa.
Em junho, no balneário mexicano de Los Cabos (noroeste), os chefes de Estado e Governo do G20 se comprometeram a adotar "todas as medidas necessárias" para reforçar o crescimento.
A reunião terminará horas antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos, cujo secretário do Tesouro, Tim Geithner, não viajará à capital mexicana.
Com uma recuperação lenta e um crescimento que não consegue reduzir o desemprego (7,9% em outubro), o presidente Barack Obama buscará um segundo mandato ante o rival republicano Mitt Romney.
Sem uma definição sobre a presidência americana, o G20 examinará a crise na Europa.
Uma fonte da delegação francesa destacou que os ministros podem fazer um balanço da crise e das medidas adotadas para superá-la, antes da próxima reunião do Eurogrupo em 12 de novembro.
Para o ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, será uma oportunidade atualizar o pensamento de todos e saber se medidas serão adotadas em curto prazo, afirmou Regordosa, em uma referência à possibilidade de Madri, que não integra o grupo, decidir pedir um resgate global aos sócios da Eurozona.
O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou na segunda-feira que "não é imprescindível" pedir ajuda financeira através do programa de compra de dívida do Banco Central Europeu (BCE).
Os mercados questionam há várias semanas se Madri adotará finalmente esta decisão, que permitiria reduzir substancialmente as taxas de juros dos títulos de dívida emitidos para financiar o país, uma medida que poderia acalmar as tensões a respeito da quarta economia da Eurozona, em recessão há um ano, com uma taxa de desemprego de 25% e que aplica um rígido plano de cortes de 150 bilhões de euros até 2014.
A adiada reforma das cotas no Fundo Monetário Internacional, desejada pelos países emergentes, com o Brasil à frente, também estará na agenda dos ministros.