Economia

Inadimplência do consumidor deve cair só em 2018, diz ANBC

O levantamento anterior, de dezembro, trazia a expectativa de que a queda viria já em 2017


	Inadimplência: a renda média real, que também influencia a inadimplência, caiu 3,2% frente ao primeiro trimestre do ano passado
 (AlexKalina/Thinkstock)

Inadimplência: a renda média real, que também influencia a inadimplência, caiu 3,2% frente ao primeiro trimestre do ano passado (AlexKalina/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2016 às 17h48.

São Paulo - A inadimplência do consumidor deve começar a recuar somente em 2018, devido, principalmente, ao desemprego e ao agravamento da crise econômica. 

O prognóstico é da Associação Nacional dos Birôs de Crédito (ANBC). O levantamento anterior, de dezembro, trazia a expectativa de que a queda viria já em 2017.

Nota divulgada à imprensa pela entidade destaca que, no primeiro trimestre, o desemprego da população chegou a 10,9% - no mesmo período de 2015, a taxa era de 7,9%.

A renda média real, que também influencia a inadimplência, caiu 3,2% frente ao primeiro trimestre do ano passado.

Carta com AR

Para a ANBC, outro fator que pode atrasar a recuperação dos pagamentos em dia é a lei paulista nº 15.659/15, que substitui a carta simples, com aviso de postagem, pelo modelo com aviso de recebimento (AR) para o devedor.

Mais demorada e custosa, a lei dificulta a negativação dos débitos atrasados nas empresas de proteção ao crédito, que são consultadas 500 mil vezes diariamente.

A associação argumenta que, sem informações atualizadas sobre o cliente, o credor pode não conceder empréstimos ou o faz com juros elevados que cubram o risco de ficar sem receber.

De acordo com a ANBC, o crédito ao consumidor no Estado de São Paulo cresceu 2,5% entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016, bem menos que o aumento de 3,5% nos demais Estados no mesmo período - e uma das causas seria a lei paulista.

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