Economia

Inadimplência do consumidor cai 0,41% em dezembro

Segundo dados da SPC e da CNDL, o país atingiu 58,3 milhões de pessoas inadimplentes em dezembro de 2016

Inadimplência: volume de dívidas em nome de pessoas físicas recuou 2,24% na comparação anual entre dezembro de 2016 e o mesmo mês de 2015 (David Sacks/Thinkstock)

Inadimplência: volume de dívidas em nome de pessoas físicas recuou 2,24% na comparação anual entre dezembro de 2016 e o mesmo mês de 2015 (David Sacks/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 12h41.

São Paulo - O número de consumidores inadimplentes caiu 0,41% em dezembro na comparação com novembro, informaram nesta terça-feira, 10, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Contudo, em relação a dezembro de 2015 o indicador continuou avançando 1,44%, mas, segundo o SPC e a CNDL, é a menor variação para um ano desde o início da série histórica.

Desta maneira, o País atingiu 58,3 milhões de pessoas inadimplentes em dezembro de 2016, ou 39% da população adulta brasileira, após 700 mil pessoas terem ingressado na lista durante o ano. Em 2015, o aumento de consumidores inadimplentes foi de 2,5 milhões.

"A explicação para a desaceleração do crescimento da inadimplência desde o primeiro trimestre do ano reside no fato de que o próprio cenário de recessão da economia, que reduziu a capacidade de pagamento das famílias, também restringiu a tomada de crédito por parte dos consumidores", afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.

"Isso quer dizer que o consumidor encontra mais dificuldade para se endividar e, sem se endividar, não pode ficar inadimplente", explica.

Na divisão regional, o Sudeste concentra o maior número absoluto de CPFs inadimplentes: 24,23 milhões (37,3% da população adulta da região).

O Nordeste aparece em segundo lugar no ranking de devedores, com 15,74 milhões de pessoas (39,7% da população adulta).

Em seguida, vem o Sul (7,96 milhões ou 35,8% dos adultos), o Norte (5,34 milhões ou 46% da população adulta residente) e o Centro Oeste (4,99 milhões de inadimplentes, o que representa 43,8% da sua população).

Já a faixa etária com maior incidência de inadimplência é de 30 a 39 anos. Em dezembro, quase metade da população nesta faixa etária (49,38%) tinha o nome inscrito em uma lista de devedores, somando 16,81 milhões de pessoas.

O SPC e a CNDL ainda ressaltam o porcentagem significativa entre 25 e 29 anos (46,65%), assim como na faixa etária entre 40 e 49 anos (46,24%).

O volume de dívidas em nome de pessoas físicas recuou 2,24% na comparação anual entre dezembro de 2016 e o mesmo mês de 2015.

O setor de comunicação, que engloba atrasos em contas de telefonia, internet e TV por assinatura, foi o que mostrou a maior queda de dívidas em dezembro, com declínio de 17,77% no confronto interanual. Já o setor que apresentou a maior alta foi o de água e luz, cujo crescimento foi de 13,62%.

Já em termos de participação, os bancos concentram a maior parte das dívidas existentes no País: 48,26%. Em seguida, aparece o Comércio (20,04%), o setor de Comunicação (13,07%) e o de Água e Luz, que concentra 8,55% do total de pendências.

Acompanhe tudo sobre:DívidasInadimplênciaSPC

Mais de Economia

Justiça proíbe financeiras de bloquearem celulares dados em garantia para empréstimos

Banco Central divulga incidente de segurança envolvendo dados cadastrais de chaves Pix

IPCA de abril desacelera e fica em 0,43%; inflação acumulada de 12 meses sobe para 5,53%

BC limita valores entre registradoras de recebíveis de cartões; veja o que muda