Economia

Inadimplência do consumidor abre o ano com alta de 2,91%

Compras a prazo devem crescer cerca de 4,5% em 2012 e ficar entre 1% e 1,5% acima do Produto Interno Bruto

Nível de recuperação de crédito no varejo foi negativo em janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

Nível de recuperação de crédito no varejo foi negativo em janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 14h06.

Rio de Janeiro - A inadimplência do consumidor registrou alta de 2,91% em janeiro de 2012, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). É a primeira vez em três anos que o indicador abre o ano em alta, mas já é o 12º mês consecutivo de elevação, desde fevereiro de 2011.

De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a inadimplência alta no início do ano é resultado direto do desestímulo do consumo interno e do combate às pressões inflacionárias no primeiro semestre de 2011. Um segundo motivo é a reversão do baixo crescimento, por conta da crise fiscal dos países da zona do euro.

Os dois movimentos devem continuar a exercer pressão nos dados do SPC Brasil e a CNDL estima uma elevação da inadimplência no ano de até 2,5% e um forte aumento das vendas a prazo. A modalidade de compra deve crescer cerca de 4,5% em 2012 e ficar entre 1% e 1,5% acima do Produto Interno Bruto (PIB) anual.

Em relação ao nível de atividade do varejo, janeiro apresentou alta de 4,72% ante o mesmo mês de 2011, a décima elevação seguida na mesma base de comparação. A projeção para 2012 é de crescimento das vendas na ordem de 4,5%. A forte queda de 30,3% nas compras a prazo na comparação entre janeiro e dezembro mostra que o último mês é o melhor para o comércio em geral, com vendas mais altas em todos os setores e categorias. Por outro lado, janeiro é um período de endividamento dos consumidores em função de compromissos sazonais, como gastos escolares, IPTU e IPVA.

O nível de recuperação de crédito no varejo foi negativo em janeiro, apresentando queda de 4,03%, ante o mesmo mês de 2011. Já a comparação com dezembro, sem ajuste sazonal, mostrou um declínio ainda maior nos cancelamentos de 21,68%.

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